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quarta-feira, 25 de maio de 2011

COCAÍNA - A DROGA DO AGITO

Dando continuidade a série de textos que tratam sobre os tipos de drogas, hoje escrevo sobre uma das mais populares na classe média e alta. Muito associada a baladas e uso em grupo. Causa a sensação de poder. Na forma de cloridrato (pó) os traços da dependência tendem a ser, inicialmente, mais leves, no entanto são progressivos e não menos perigosos. Vale ressaltar que esta é uma droga com efeito euforizante, mas o metabolismo do cérebro cai muito com seu uso, pois diminui a quantidade de oxigênio em zonas importantes. O cérebro do usuário de cocaína é embotado, muito pobre em termos de estímulos.

O QUE É COCAÍNA
A cocaína é um alcalóide (produto extraído das folhas de uma planta chamada Erythroxilon coca encontrada principalmente em países da América do Sul e Central). Também é conhecida como coca, pó dourado, neve ou "senhora".
A cocaína é um estimulante do Sistema Nervoso Central. Ela atinge rapidamente o cérebro, produz resposta intensa, o que a torna muito procurada como droga de abuso

FORMA DE USO
Varia de acordo com a forma de preparação da coca:
As folhas podem ser mascadas ou ingeridas como bebidas. Esta forma de uso é cultural e muito utilizada pelos povos do Peru, Colômbia, Equador, etc.
A pasta de coca é fumada com tabaco ou maconha sendo esta mistura conhecida como BASUCO. Além da cocaína, esta preparação contém solventes como ácido sulfúrico;
O pó de coca (cloridrato) pode ser cheirado ou injetado.
O crack, como já falamos anteriormente é fumado em “cachimbos” ou misturado no cigarro ou maconha.

TEMPO DE DURAÇÃO
Na forma de cloridrato (pó), demora cerca de 15 minutos para iniciar seus efeitos, que podem duarar até por algumas horas. Na forma injetada o efeito é imediato e assim como o crack tende a durar poucos minutos. No entanto é importante salientar que pessoa vai ficando tolerante aos efeitos da cocaína, fenômeno que acontece com todas as drogas. Na primeira vez, como o cérebro não está acostumado, o impacto de prazer é mais imediato e tende a durar mais. Com o passar do tempo, porém, há uma readaptação cerebral ao estímulo constante da droga. O cérebro vai se acostumando e são necessárias doses cada vez maiores para produzir o efeito que passa muito depressa. Na verdade, o cérebro procura sempre manter um certo equilíbrio e tenta readaptar-se após a exposição à droga o que, com a repetição do uso, torna o efeito mais rápido e passageiro, contribuindo assim para manutenção da dependência e o aparecimento dos danos causados pela cocaína.

EFEITOS
Em pequenas doses ocasiona euforia, excitação e agitação. Ocasiona alterações em todo o organismo como aumento da frequência dos batimentos cardíacos (taquicardia) e aumento da pressão arterial (hipertensão).
Em doses moderadas surgem sensação de competência (inteligência, capacidade de resolver problemas, autoconfiança) e habilidade. Com doses moderadas podem aparecer vômitos, diarreia, excitação, confusão das ideias até ansiedade extrema. Estes efeitos podem durar de poucas horas até alguns dias.  
Em doses elevadas pode provocar alucinações. Após o término do efeito da dose a pessoa pode sentir-se deprimida (triste) e ficar tentada a usar outra dose para se animar. A utilização de doses elevadas podem ocasionar uma significativa hipertensão arterial, taquicardia, calafrios, transpiração excessiva, convulsões e morte (por efeitos sobre o coração e respiração) que caracterizam a intoxicação aguda, também conhecida como overdose.
Com o uso freqüente e contínuo (semanas ou meses) podem ocorrer alterações comportamentais como: agressividade, idéia de perseguição(paranóia), alucinações táteis (sensação de insetos caminhando sobre a pele), visuais e auditivas (ver e ouvir coisas) e delírios (desorientação, confusão, medo e ilusões). Também pode ocorrer emagrecimento e perfuração dos septo nasal quando inalada.
A administração injetável (parenteral) da cocaína pode trazer problemas em função do solvente utilizado (líquido par dissolver a droga) e das seringas não serem esterilizadas. Também pode acontecer da contaminação ocorrer pelo fato da mesma seringa ser utilizada por mais de uma pessoa. Transmissão de hepatite de endocardite infecciosa, AIDS e menos comumente pneumonia ou infecções localizadas são as doenças mais freqüentes. A falta de higiene no local da administração da droga pode ocasionar o aparecimento de feridas (ulcerações) e desencadear, mais tarde, uma infecção grave em outros locais do organismo.
O uso continuado de cocaína durante a gravidez pode ser responsável pelo nascimento de bebês pequenos (retardo de crescimento intra-uterino), malformações (microcefalia) e abortos espontâneos. Além disso, após o nascimento, o bebê pode apresentar comprometimento neurológico e ter manifestações comportamentais diferentes (ex.: chorar de forma inconsolável).

Fonte:
Este texto foi escrito utilizando transcrições do links mencionado abaixo. Para ver os texto na íntegra acesse:
http://psicoativas.ufcspa.edu.br/cocaina.html 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

OXI - A NOVA AMEAÇA?!

Dando continuidade a série que fala sobre drogas, hoje vou falar um pouco sobre a nova ameaça: o Oxi, abreviação de oxidado. Embora a apreensão e veicução de notícias sobre o Oxi seja bastante recente no Estado de São Paulo, esta droga já é velha conhecida no Acre e em Brasília, sendo seu primeiro registro em meado dos anos 80. Infelizmente, devido a grande semelhança com o Crack e custo absurdamente menor, o Oxi tem se alastrado silenciosamente e, em minha opinião, as consequências de seu uso logo serão visíveis.
O QUE É OXI
O Oxi é obtido a partir da mistura da pasta-base, cal virgem e querosene ou gasolina (podendo ainda apresentar misturas que levam diesel e até solução de bateria). Diferente do crack que exige uma cozinha e um processo laboratorial mais complexo para seu refino, o Oxi pode ser fabricado em qualquer “fundo de quintal”, bastando mistura a pasta de coca com um derivado de petróleo em uma panela. Como a mistura para o refino do Oxi não leva em sua composição substâncias controladas, a produção desta droga é mais fácil e barata, o que a torna potencialmente mais perigosa que o Crack, pois pode atingir uma parcela ainda maior da população. O custo de cada pedra de oxi é de R$ 2,oo, enquanto o crack é negociado entre R$ 7,00 e R$ 10,00.
No Acre, estado em que foi primeiramente identificado, o Oxi é conhecido como Veneno. Segundo informações recentes, divulgadas no Jornal da Globo (matéria que foi ao ar em 16/05/11) o uso do Oxi leva a morte mais de 1/3 dos usuários em menos de 1 ano. O princípio ativo do Oxi é o mesmo do Crack e da Cocaína.
A semelhança entre o crack é o oxi é muito grande. Ambas apresentando coloração amarelada, o que dificulta a identificação da droga. A única maneira de diferenciar o Crack e o Oxi é o resíduo produzido: enquanto o Crack produz um fumaça branca e cinzas após queimada, o Oxi produz fumaça escura e uma resíduo oleoso após queimada.

FORMA DE USO
O Oxi, assim como o crack, geralmente é fumado com cachimbos improvisados, feitos de latas de alumínio e tubos de PVC (policloreto de vinila), que permitem a aspiração de grande quantidade de fumaça.

TEMPO DE AÇÃO
Não existem dados exatos disponíveis, no entanto sua ação parece bastante similar ao crack, sendo que sua chegada ao sistema nervoso central é quase imediata: 20 segundos, em média (segundo relatos de usuários). A ação do Oxi no cérebro dura cerca de cinco minutos, período em que é potencializada a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina. Segundo relatos dos usuários, seu poder viciante é ainda maior que o Crack. A pedra de oxi pode conter até 80% de concentração de cocaína, enquanto o crack tem em média 40%.

EFEITOS 
O efeito imediato inclui sintomas como euforia, agitação, sensação de prazer, irritabilidade, alterações da percepção e do pensamento, assim como alterações cardiovasculares e motoras, como taquicardia e tremores. Dor de cabeça, vômitos, diarreia e paranoia são efeitos adversos do uso.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

CRACK - O CEIFADOR DE VIDAS!

Bom, hoje vou começar uma série de posts que vão falar sobre os diferentes tipos de drogas, sua forma de consumo e efeitos no organismo. Como não poderia deixar de ser, vou iniciar a série falando sobre o Crack, que atualmente é a droga mais devastadora e com conseqüências mais nocivas.

O QUE É O CRACK
O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.  A diferença entre a cocaína em pó e o crack é apenas a forma de uso, mas o princípio ativo é o mesmo.

FORMA DE USO
O crack geralmente é fumado com cachimbos improvisados, feitos de latas de alumínio e tubos de PVC (policloreto de vinila), que permitem a aspiração de grande quantidade de fumaça. A pedra, geralmente com menos de 1 grama, também pode ser quebrada em pequenos pedaços e misturada a cigarros de tabaco ou maconha – o chamado mesclado, pitico ou basuco.

TEMPO DE AÇÃO
Ao aquecer a pedra, ela se funde e vira gás, que depois de inalado é absorvido pelos alvéolos pulmonares e chega rapidamente à corrente sanguínea. A chegada do crack ao sistema nervoso central é quase imediata: de 8 a 15 segundos, em média. A ação do crack no cérebro dura entre cinco e dez minutos, período em que é potencializada a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina.

EFEITOS 
O efeito imediato inclui sintomas como euforia, agitação, sensação de prazer, irritabilidade, alterações da percepção e do pensamento, assim como alterações cardiovasculares e motoras, como taquicardia e tremores. Perda de peso acentuada, perda do apetite e perda do sono também podem ser efeitos do uso de crack.

Fonte:http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/a-droga/composicao-e-acao-no-organismo
Crédito da imagem: TEK IMAGE/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Latinstock

domingo, 15 de maio de 2011

CULPA x INFORMAÇÃO E TRATAMENTO

Refleti muito antes de começar este primeiro post e resolvi escrever sobre a principal questão que se instala no seio familiar quando o problema com drogas surge: CULPA!!!
Vemos por um lado familiares gastando tempo e energia tentando explicar ou descobrir seus erros e dependentes buscando encontrar culpados para a sequencia de eventos negativos que ocorrem em suas vidas.
O fato é que a dependência química é uma doença, reconhecida e catalogada no manual de Classificação Internacional de Doenças – CID, sob os códigos F19 (múltiplas drogas) e F10 (alcoolismo).  E como doença merece atenção e seu tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, onde acompanhamentos médico, psicológico e terapêutico são indispensáveis.
 É importante ressaltar que trata-se de uma doença progressiva, incurável e fatal!!! No entanto, possui tratamento e é perfeitamente controlável.
Normalmente a dependência não se instala de uma hora para outra. É um processo!!!
A melhor maneira de identificá-la é observar o comportamento.  Este é o primeiro sintoma e também o que se manifesta de maneira mais clara. Mudanças bruscas de humor, no padrão do sono, na maneira de alimentar-se e nos relacionamentos sociais podem ser entendidas como “sinal de alerta”.
Informação é a chave para a ajuda. Conhecer os tipos de drogas, seus efeitos e principalmente os meios disponíveis para tratamento garante que a família e o dependente possam buscar soluções seguras e com resultados positivos no tratamento da dependência química.
Com informação, orientação, aconselhamento e principalmente tratamento, a processo de culpa dá lugar ao processo de recuperação do dependente e de sua família.
Nos próximos posts estarei trazendo as diversas formas de tratamento, gratuitos e particulares, bem como informações sobre drogas, com o principal objetivo de esclarecer e fornecer suporte para a decisão quanto ao melhor tipo de tratamento para cada caso.
O blog Drogas: Preciso de Ajudo tem a disposição um e-mail que pode ser utilizado para entrar em contato conosco para esclarecer qualquer dúvida ou pedido de ajuda.
Finalizo, afirmando que uma sociedade esclarecida e fortalecida compõe uma rede de proteção poderosa capaz de prevenir ou cuidar adequadamente da problemática das drogas.
Bem Vindos!!!