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sábado, 9 de agosto de 2014

ALCOOLISMO AFASTOU QUASE 100 MIL DO EMPREGO NOS ÚLTIMOS 6 ANOS

Doença rompe ligação com a família e com o trabalho.
Em 2013,16.480 pessoas foram afastadas por causa da doença.
 Nos últimos seis anos quase 100 mil brasileiros se afastaram do emprego ou foram demitidos por causa do alcoolismo, afirma o Ministério da Previdência. A doença é grave e costuma romper a ligação que os dependentes tinham com a família e com o trabalho.
O primeiro passo do ajudante de frete José Robério foi admitir que o problema existia. O segundo, procurar ajuda e, a partir daí, resistir, segurar, enganar a vontade de beber. Ele não bebe há 40 dias “Pretendo continuar assim, sem bebida alcoólica”, afirma.
O comerciante Paulo Chaves, dono de um botequim, faz o pedido semanal para repor o estoque. São R$ 500 em compras só de bebidas alcoólicas. As chamadas bebidas quentes, como a cachaça, são as mais vendidas. Ele diz que quem busca uma desculpa para beber, encontra muitas: “Está bebendo porque fez um mal negócio ou porque está chateado ou porque bebeu demais no dia anterior, tem que beber uma para sarar a ressaca. Tem essas coisas”.
“Acaba sendo gerado um problema para a Previdência em termos financeiros. A pessoa deixa de contribuir para a Previdência, porque está com direito a benefício e ainda gera despesa com o benefício”, explica Alexandre Zioli, coordenador de atuária do Ministério da Previdência Social.
Um homem que sofre com o alcoolismo e prefere não se identificar conta que o encontro com o álcool foi um azar. Ele tinha 14 anos e estava começando a vida profissional em um grande banco. Hoje, aos 45 anos, trabalha como ambulante: "Enquanto eu estava bebendo, eu não parei em lugar nenhum. O álcool foi extremamente massacrante e impeditivo de que eu viesse a ser um ser de produção".
Mesmo sem beber há 13 anos, ele ainda não conseguiu restabelecer os vínculos familiares. "Eu, particularmente, sou extremamente só", relata.
Segundo a psicóloga Janete Pinheiro, que trabalha em uma clínica de reabilitação, a tolerância das famílias tem limite e aconselha que elas procurem ajuda para evitar um mal que pode ser ainda maior: o abandono do parente. “Sozinho esse caminho é bastante tortuoso porque ele ainda tem muito desejo de beber. Então, ele vai ficar brigando com isso. Entre andar nas pedras e beber sempre foi mais fácil beber”, orienta a especialista.
Em 2009, 13.797 pessoas foram afastadas do trabalho e receberam auxílio-doença por causa do alcoolismo. No ano passado, o número saltou para 16.480 afastamentos.


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CIGARROS CONTRABANDEADOS TORNAM O TABAGISMO AINDA MAIS PERIGOSO: ENTENDA POR QUÊ

Pesquisa brasileira analisou 18 marcas contrabandeadas do Paraguai e mostra concentração ainda mais alta de metais cancerígenos e agentes de contaminação como colônias de ácaros e fungos.

Se de um lado o Brasil é considerado uma notável exceção no combate à epidemia tabagista no mundo, por outro, precisa lidar com o fato de que o cigarro contrabandeado já representar 30% do mercado brasileiro. A explosão do consumo de marcas ilegais que entram com facilidade pelas fronteiras do país – a Receita Federal só consegue apreender entre 5% a 10% dos cigarros contrabandeados – agrava os problemas de saúde da população que fuma. Segundo o Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano no país.
Pesquisa desenvolvida desde 2012 na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) desvenda o que está por trás desse cigarro que vem do Paraguai: pêlo de animais, terra, areia vestígios de plásticos, restos de insetos, colônias de fungos, ácaros e metais cancerígenos como chumbo, cádmio, níquel, cromo e manganês. Um dado assustador mostra que algumas marcas contrabandeadas têm quantidade de chumbo 116 superior à encontrada nas que são vendidas legalmente no Brasil. Para quem não sabe, o chumbo é um metal extremamente tóxico relacionado, inclusive, à malformação de fetos. Outro exemplo é a quantidade de nicotina de um cigarro paraguaio ser de dez a 20 vezes superior do produto nacional. (veja outros resultados ao final da matéria).
Pela primeira vez, a população brasileira tem informações inéditas de dados quantitativos e valores exatos de agentes de contaminação e metais pesados tóxicos encontrados após análise científica rigorosa. “Se para a saúde já é ruim o cigarro legalizado, esses dados mostram quão mais danosos são os ilegais. Antes desse trabalho, apenas ouvíamos, de forma generalizada, que o produto ilegal era pior. Agora, podemos provar que são mais perigosos”, alerta o coordenador do Grupo de Pesquisa Química Analítica Ambiental e Sanitária (QAAS) da UEPG, Sandro Xavier de Campos.
O trabalho, que se vai se estender até 2015, envolve sete pesquisadores e a avaliação de 18 marcas, traz à tona outro dilema: “Quem fuma já sabe os malefícios do cigarro. Essa relação com o vício é psicológica, a pessoa se sente angustiada por não conseguir sair disso. Se o preço do cigarro aumenta, ela precisa gastar mais para sustentar a dependência. Comprar um produto mais barato pode diminuir um pouco essa angústia, a autocobrança. Um peso grande para o viciado é o dinheiro que se gasta”, reflete Sandro.
Isso porque, entre as medidas adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos, está a que acarretou no aumento do preço do cigarro em função da elevação de impostos. Em dezembro de 2011, foi criado um novo modelo tributário e, em dois anos, o preço do cigarro mais barato subiu 60%, de R$ 2,50 para R$ 4,00. “É um movimento mundial de políticas antitabagistas. Em países europeus também têm crescido o consumo de cigarro contrabandeado e um dos fatores principais é a taxação”, pontua o especialista.
Na pesquisa, os nomes das marcas não foram divulgados. Mestrando em química aplicada da UEPG, Cleber Pinto da Silva é o autor do trabalho. Ele esclarece que citar os nomes poderia gerar uma comparação entre as marcas avaliadas e o objetivo está longe de ser esse. “O mais importante é o fumante entender que, ao optar por um cigarro paraguaio, ele está se expondo a riscos maiores de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo”, diz. O pesquisador explica que, se o cigarro contrabandeado tem duas vezes mais chumbo comparado às marcas nacionais, significa dizer que o fumante vai absorver mais esse metal. "Quanto mais poluente e mais metal, maior a probabilidade de desenvolver um problema de saúde”, alerta. Segundo ele, as enfermidades relacionadas ao tabagismo – câncer, doenças respiratórias e cardíacas - são as que mais matam no mundo atualmente. “A relação com o câncer de pulmão é de 90%”, afirma.
A pesquisa da UEPG avaliou também as duas marcas nacionais mais vendidas no Brasil para comprovar que elas são “mais seguras” do ponto de vista de rigor na produção. “Qualquer cigarro, tanto nacional quanto paraguaio, faz mal a saúde”, reforça Cleber. Para se ter uma ideia, a quantidade de nicotina de um cigarro paraguaio é de dez a vinte vezes mais que do nacional. O especialista conta que só conseguiu achar um pedaço de plástico, muito pequeno, em apenas um cigarro das marcas brasileiras avaliadas. “A probabilidade é de 99% de achar algum elemento no cigarro paraguaio. A gente encontrou a ponta de um filtro inundada de ácaros, isso vai direto para o pulmão”, alerta. Lembrando que, no Paraguai, esse produto é legalizado e tem, inclusive, registro.
ENTENDA O IMPACTO NA SAÚDE:
Cleber Pinto da Silva explica que cada cigarro produzido em diversas partes do mundo tem uma quantidade específica de metais. Dessa forma, a pesquisa comparou o cigarro contrabandeado do Paraguai não apenas com os nacionais, mas com marcas já avaliadas em pesquisas internacionais.
Cromo
Uma das marcas analisadas que corresponde a 12,99% das apreensões no Brasil apresentou níveis de cromo muito superiores a qualquer estudo já realizado. A concentração encontrada foi 11 vezes maior do que os valores máximos das falsificações do Reino Unido e acima de 33 vezes ao relatado em estudos com cigarros comercializados legalmente no Brasil.
Vários estudos apontam o Cromo como um dos possíveis responsáveis pela causa nas dificuldades na respiração, tosse, formação de úlceras, bronquite crônica, diminuição da função dos pulmões, pneumonia e alguns tipos de câncer.
Chumbo
Outras marcas apresentaram o dobro de chumbo do que o valor médio encontrado em cigarros comercializados legalmente em países como o Paquistão e valores superiores a 116 vezes ao encontrado, em média, em cigarros vendidos legalmente no Brasil.
O chumbo é um metal extremamente tóxico e pode afetar cérebro, rins e sistema nervoso. Pesquisas relacionam o aumento nos níveis desse metal com a redução do quociente de inteligência e, recentemente, associaram o chumbo presente no tabaco ao mau desenvolvimento de fetos.
Níquel
A concentração de níquel encontrada em algumas amostras foi três vezes superior ao relatado em pesquisas de diversos países como Índia e China. Considerando essa média de concentração e supondo que uma pessoa consuma 20 cigarros por dia, a quantidade de níquel absorvido será 10 vezes superior ao de um fumante que consome cigarros legalizados no Brasil.
O níquel é um agente altamente genotóxico e pode causar mutações no DNA, alergias de pele, fibrose pulmonar, problemas nos rins e envenenamento do sistema cardiovascular.
Manganês
Duas das marcas analisadas (correspondentes a mais de 14% do volume de contrabando apreendido) apresentaram concentrações de manganês acima de seis vezes ao encontrado em cigarros comercializados legalmente no Paquistão.
O manganês em altas concentrações pode gerar um grave quadro toxicológico e pode causar uma doença conhecida como manganismo, com sintomas semelhantes ao Parkinson. Por ser neurotóxico, pode estar associado ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
pH dos cigarros
Resultados preliminares com sete marcas de cigarros contrabandeados mostram pH básico, ou seja, acima de 7.
Estudos realizados na Europa e EUA indicam que o pH influencia na absorção da nicotina e quanto mais básico é o cigarro mais nicotina é disponibilizada para absorção do organismo.
Marcas mais vendidas no país:
Eight: 36,5% / 416,1 milhões de maços (8,322 bilhões de cigarros)
Classic: 9,6% / 109,44 milhões de maços (2,188 bilhões de cigarros)
San Marino: 7,5% / 85,5 milhões de maços (1,7 bilhão de cigarros)
Bill: 4,7% / 53,58 milhões de maços (1,07 bilhão de cigarros)
US Mild: 4,6% / 52,44 milhões de maços (1,05 bilhão de cigarros)


FONTE: Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). / Diário de Pernambuco
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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Clínica de tratamento para Dependência Química e Alcoólica Up Life

A Clínica de tratamento para dependentes químicos e alcoólicos Up Life, está localizada na Estancia Turística de São Roque, no Estado de São Paulo.
Com localização privilegiada, a clínica para tratamento de dependência química e alcoólica Up Life oferece tratamento especializado, com equipe multidisciplinar composta de psiquiatra, psicólogo, terapeutas, enfermagem, socorrista, educadora física, nutricionista e conselheira.
A Clínica de tratamento para dependentes químicos e alcoólicos Up Life oferece diversos tipos de acomodações em 4 alas diferenciadas. Oferece também infraestrutura para lazer contando com quadra poliesportiva, 2 piscinas, academias, mesas de jogos e bosque para reflexão.
Para maiores detalhes sobre o programa terapeutico, fotos e localização acesse: www.clinicauplife.com.br ou ligue para 11 4714-1079 / 7797-7969 (plantão 24 horas).



ESPECIALISTAS SUGEREM MUDANÇAS NO COMBATE AO CRACK

Médicos pedem mais tempo de internação e ampliação da rede de apoio aos usuários.


Médicos ligados à luta contra o crack afirmam que os elevados índices de recaída e reinternação apontados por uma pesquisa gaúcha — quase 90% dos jovens voltam a fumar a pedra três meses após receber alta — reforçam a necessidade de aprimorar o método de tratamento no país.
Segundo especialistas, o sistema público ainda oferece poucos leitos, períodos curtos de internação e não consegue acompanhar o usuário após a alta para prevenir ou reverter eventuais recaídas. Um dos principais problemas, para o psiquiatra e ex-diretor do Hospital Psiquiátrico São Pedro Luiz Carlos Illafont Coronel são as "altas precoces" dos dependentes — geralmente, o período de internação autorizado pelo SUS é inferior a um mês.
— Na Inglaterra, se preveem internações de 30 a 90 dias para depressão grave, o que poderia servir como um parâmetro. Mas o ideal é que o prazo dependesse apenas da condição do paciente. O que se faz hoje é absurdo — afirma o psiquiatra.
Coronel afirma que, segundo levantamentos realizados no país, ao redor de um terço das mortes de usuários de crack são motivadas por altas antecipadas — por razões de saúde ou causas indiretas como envolvimento com a criminalidade ou traficantes. Outra dificuldade é a falta de leitos psiquiátricos — que já chegaram perto de 200 mil no país e hoje estão em 32 mil. Segundo um relatório elaborado por sete entidades médicas, o Estado perdeu 36,7% dos leitos de psiquiatria entre 1993 e 2013.
Em consequência, dependentes como o trabalhador autônomo Solon Santos da Silva Filho, 37 anos, recorrem a sucessivas internações e lidam com uma frequente falta de vagas. Ele está em seu quinto tratamento desde 2010: já passou por três internações em clínicas pelo SUS e está na segunda temporada em uma comunidade terapêutica, de Gravataí. Nas clínicas, conseguiu ficar no máximo um mês, o que considera "muito pouco". Também precisou superar obstáculos para garantir leito:
— Na minha segunda internação, tive de recorrer a uma ordem judicial para conseguir vaga. Mesmo assim, não adiantou e recaí. Agora, já estou há oito meses e 10 dias na comunidade terapêutica — conta.
O presidente da Associação de Psiquiatria do Estado e conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Carlos Salgado, afirma que é necessário investir em ações como medicina comunitária, que permita acompanhar o dependente fora do hospital, aumentar a oferta de leitos psiquiátricos e aprimorar o treinamento dos profissionais de saúde para lidar melhor com a epidemia da droga.


Fonte: Zero Hora - por Marcelo Gonzatto