E-mail:

. SE VOCÊ PRECISA DE AJUDA COM DROGAS OU TEM DÚVIDAS, ESCREVA PARA drogas_precisodeajuda@hotmail.com

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

POR QUE LUTAR, RECOMEÇAR E NÃO DESISTIR????

Às vezes, nos indagamos: por que recomeçar? E o que é recomeçar? Quantos de nossos dias são vividos com a esperança de que o amanhã será melhor? A vida, na sua rotina dia-noite-dia, é um eterno reinício, um eterno recomeçar. Um recomeço na vida, um recomeço da confiança, de fé, em dias de alegria e realização.
Se erramos hoje, por que não buscar o acerto no amanhã? Se ofendemos ontem, por que não pedir desculpas hoje?
A simplicidade do existir… nela está a razão para recomeçar. Esquecer o que se passou há anos, há meses, há dias, há horas, há instantes. Por que e para que lembrar, relembrar o que perturbou a paz, o que infamou a alegria?
Recomeçar é acreditar que a vida se renova… nos nossos pensamentos e, sobretudo, nas nossas atitudes, no fazer e refazer de nossa conduta. É preciso agir, lutar. Não deixemos que o tempo passe e, com ele, a ocasião de recomeçar, de lutar, com um gesto, com uma palavra, com um abraço, com uma decisão e principalmente com esperança de que é possível mudar a direção de uma vida.
––––––
TRATAMOS DEPENDÊNCIA QUÍMICA E ALCOÓLICA ACREDITANDO QUE É POSSÍVEL RECOMEÇAR E SALVAR UMA VIDA.www.clinicauplife.com.br ‪#‎clinicauplife‬

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

DEPENDENCIA QUÍMICA TEM TRATAMENTO: VOCÊ PODE DAR UMA NOVA CHANCE A QUEM AMA, BATA TER CORAGEM!!!

Do dia em que S.M.de Souza, 50 anos, descobriu um papelote de maconha na mochila do filho até o dia em que ela juntou forças e disse a ele: “ou você se tratava ou vai ter que ir embora de casa”, foram 8 anos de luta contra o vício.
Esta é a história de mais uma família que quase foi devastada pelas drogas. A dor e a coragem de uma mãe que viu o filho ser consumido pelo crack e o arrependimento de um rapaz que perdeu a juventude para o vício.
Erick, hoje com 29 anos, começou a fumar maconha quando ainda tinha 13 anos, em um baile de carnaval. “Ele me disse que experimentou por curiosidade, junto com um amigo da escola”.
Embora a mãe que não conhecesse nem as drogas e nem como as pessoas ficavamm após o consumo, Sônia conhecia muito bem o filho, e foi o que bastou para perceber que ele andava com o comportamento diferente. “O desempenho na escola caiu e ele começou a andar com uns garotos que eu não conhecia”.
A maconha foi um trampolim para drogas mais fortes. Com 16 anos, ele perdeu o controle da situação. A mãe passou muitas noites atrás dele, preocupada, aflita”.
Ele conta que usou de tudo, só não tive coragem de injetar”, e que de repente viu a vida escapar no vão de seus dedos, como quem dorme na sessão do cinema e perde um bom pedaço do filme. “Foi um tempo que eu só vivi para as drogas, ou usando, ou indo atrás... Quando me dei conta do meu estado físico, já era tarde”.
No ápice do desespero de ver o filho se afundar mais a cada dia, a mãe resolveu buscar ajuda primeiro para ela. E a estratégia deu certo. “Procurei o grupo ‘Amor Exigente’, que me explicou o que estava acontecendo e me orientou como eu deveria agir com o Erick”, lembra.
Foi então que Sônia juntou dentro dela toda a força que tinha e chamou Erick para uma conversa definitiva. “Eu disse que era para ele se arrumar, pois no outro dia cedo a gente iria interná-lo”.
A primeira atitude dele foi negar que precisava de ajuda, mas depois ele aceitou ir”. Naquela noite, Sônia conta que Erick pediu a ela para se despedir dos amigos. “Eu deixei, mesmo sabendo que ele iria se drogar”.
Na manhã seguinte, como o combinado, Sônia bateu cedinho na porta do quarto do filho. E então veio a resposta que ela menos queria ouvir. Erick disse que tinha mudado de ideia e que não queria mais ir para a clínica. Mais uma vez Sônia juntou suas forças e disse ao rapaz, na época com 22 anos, que na casa dela não havia mais lugar para ele com a vida que estava levando.
“Abri o portão de casa para o meu filho ir embora e ele foi”, conta Sônia, com as lágrimas lavando o rosto ao lembrar quão difícil foi fazer uma aposta tão cara, ao abrir o portão e deixar o próprio filho ir, mas presa à esperança de que ele iria voltar.
Ela lembra que Erick saiu de casa com a roupa do corpo e um travesseiro. “Na noite anterior eu limpei o guarda-roupa dele, as roupas que não estavam na mala, dentro do porta-malas do carro, estavam escondidas no meu quarto. Ele não tinha opção”, diz Sônia.
E coração de mãe não se engana. Algumas horas depois, lá estava Erick, tocando a campainha e dizendo que aceitava o tratamento.
Mais uma vez, Sônia deixou escorrer as lágrimas, ao recordar do dia que deixou o filho na porta da clínica, com fé de que de lá sairia um novo homem, para uma nova vida. “Foi uma vitória para mim, consegui levar meu filho para se tratar”.
No filme da vida, Erick não teve a chance de voltar a cena. Ele precisou recomeçar do zero e se entregou aos seis meses de internação. “Se meus pais não tivessem me obrigado a me tratar, hoje eu estaria morto ou preso”, comenta o jovem.
Da clínica, Erick saiu renovado, consciente do tempo que perdeu e do que realmente queria de sua vida a partir daquele momento. “O problema é voltar à sociedade, para o mesmo ambiente, onde a droga é muito fácil de encontrar”. Mas hoje, Erick escreve um novo roteiro para sua história. Está casado há quase seis anos, trabalha e faz planos para ter filhos. A vida deu uma nova chance a ele, longe das drogas.

domingo, 13 de setembro de 2015

AS MENTIRAS DA ADICÇÃO - AS PALAVRAS PODEM MENTIR MAS AS ATITUDES SEMPRE FALAM A VERDADE

Quando você tem um transtorno causado por drogas, a vida do adicto torna-se um jogo de sobrevivência. Cada dia é dedicado a esconder os sinais externos da dependência química dos amigos, da família e dos colegas de trabalho.
Alimentar um vício significa desenvolver um arsenal de mecanismos de defesa psicológicos. Pessoas que lutam contra o vício tem que aprender a proteger-se da realidade de seus comportamentos.
Se você rotular esses mecanismos de defesa de desculpas ou mentiras, tudo se resume na racionalização da dependência. E, acreditando ou não, os adictos mentem mais para si mesmos do que para os outros.
Quando suas ações mancharam tudo que você já teve ou tem e ainda consegue continuar a participar desse padrão de destruição, mentir para si mesmo torna-se, essencialmente, o caminho de menor resistência.
MENTIRA # 1: EU NÃO ME IMPORTO COM A MINHA VIDA E NÃO ME IMPORTO SE O MEU VÍCIO ME MATA.
Quando um viciado acredita que a vida não tem sentido, eles já estão tão consumidos com a dor e tristeza que a depressão parece justificar o abuso de substâncias e quanto mais usam, pior se sentem. Se apenas pudessem perceber que abusar de drogas e / ou álcool é a maior barreira que os impede de descobrir a existência da Vida.
MENTIRA # 2: EU ESTOU NO CONTROLE DO USO DA SUBSTÂNCIA. EU POSSO PARAR SEMPRE QUE EU QUERO.
No fundo, a maioria dos adictos estão desesperados à procura de algum tipo de justificação e – se eles podem apenas convencer-se de que a dependência é uma escolha pessoal -, quase parece que eles estão no controle.
MENTIRA # 3: EU NUNCA SERIA CAPAZ DE GERENCIAR MEUS PROBLEMAS SEM DROGAS OU ÁLCOOL.
Quando você está lutando com o vício, mesmo os mais pequenos problemas da vida pode tornar-se gigantes. Todo mundo tem problemas, mas o que não percebem é que o abuso de substâncias tornam as coisas piores, e a dependência é o maior de seus problemas.
MENTIRA # 4: EU NÃO SOU IGUAL ÀQUELA PESSOA. ELE ESTÁ EM MÁ FORMA E DEFINITIVAMENTE PRECISA DE AJUDA.
Adictos gostam de comparar-se a outros adictos, como forma de avaliar o seu nível de abuso de substâncias. Contanto que há alguém lá fora que é muito pior, é fácil de se sentir superior e justificar seus comportamentos de dependência menos graves. A comparação torcida é realmente apenas um prenúncio do que pode acontecer se o dependente não buscar ajuda profissional, e logo.
MENTIRA # 5: MINHA DEPENDÊNCIA NÃO AFETA OUTRA PESSOA.
Esta é provavelmente a mentira mais universal entre os dependentes químicos. Apesar de ver a dor e confusão nos rostos dos entes queridos, é mais fácil negar essa realidade. Em vez disso, eles vêem amigos e membros da família como inimigos, constantemente julgando e tentando ditar o seu caminho na vida. Eles confundem preocupação com o controle e, esta mentira, representa o egoísmo, que desempenha um papel tão grande na adicção.
MENTIRA # 6: A VIDA SEM DROGAS E ÁLCOOL É CHATA. A VIDA É MUITO CURTA PARA SER “CARETA”.
Um estilo de vida sem drogas pode ser muito assustador para os adictos. O processo inclui encontrar novos hobbies, novos amigos, novas maneiras de VIVER. Esta mentira comum vem de um lugar de medo. Muitos dependentes nunca conheceram uma vida social ou uma sexual sem drogas, para os adictos a vida será muito curta se você acabar ou reduzir o uso e/ou abuso de substâncias.
**********
SE VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLINICA UP LIFE

TEXTO: Tradução e Adaptação da matéria publicada por “Coalition Against Drug Abuse”.
Créditos: amorexigente.com.br

sábado, 12 de setembro de 2015

MACONHA E ADOLESCENTES

O Papa Francisco fala: "Nós temos em nossas mãos a responsabilidade e a possibilidade de fazer este mundo muito melhor para nossas crianças".
A maconha pode ser muito danosa durante o desenvolvimento de um jovem e causa problemas quando se é adulto.
O consumo crônico pode acarretar sérios problemas de motivação comportamental, principalmente em crianças e adolescentes. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, o uso da maconha antes dos 15 anos está relacionada ao aumento 6 vezes maior na taxa de evasão escolar.
Um estudo feito na Alemanha onde participaram 2.500 pessoas mostrou que o uso crônico (durante 4 anos) aumentou em 25% a chance de manifestar surtos psicóticos em indivíduos com predisposição. "Doses elevadas de maconha, sobretudo em usuários inexperientes, podem levar a episódios agudos de ansiedade, confusão mental e paranoia"
Quem fuma maconha pode sentir desde euforia ou sonolência até delírios e alucinações.
Fumar maconha é mais prejudicial aos pulmões do que fumar tabaco. O uso na gravidez acarreta menor estatura em recém nascidos.
Em 1992, o bioquímico Raphael Mecholam, da Universidade Hebraica em Jerusalém, descobriu que de certa forma todos nós produzimos nossa própria maconha. Em nosso cérebro ela está espalhada uniformemente cumprindo múltiplas funções e em total equilíbrio. Grande parte dela está situada: nohipotálamo, que desempenha papel crucial no apetite, nocerebelo, que coordena a atividade motora, nohipocampo, importante para a formação da memória, naamígdala, relacionada às emoções e à ansiedade e noneocórtex, área das funções cognitivas (fala, pensamentos, sentidos).
Ao fumar a maconha a droga imita os efeitos químicos do cérebro produzindo sensação de alívio do estresse mental acompanhado de sensação de paz, de satisfação e de euforia. Aí está a armadilha: por produzir esta sensação muitos que experimentam não conseguem mais largá-la. Entram nesse mundo muitas vezes sem volta.
Em nosso trabalho chamado "Além da Rua" com adolescentes percebemos claramente as diferenças entre aqueles que são usuários de drogas.
Alguns apresentam dificuldades de escrever o próprio nome, não sabem tabuada, tão elementar para a realização de cálculos.
Em novembro o antigo Presidentedo Brasil Fernando Henrique Cardoso pediu a legalização de todas as drogas. Ele é um homem maravilhoso, porém deve estudar os males físicos e psíquicos que a maconha causa.
“Senhor, faze com que meus olhos vejam tua mão bondosa em todas as Tuas obras e que eu me alegre com as Tuas criações."
******************
SE CONHECE ALGUÉM QUE PRECISA DE AJUDA ACESSE CLÍNICA UP LIFE

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

SANTA CATARINA TEM 125 MIL DEPENDENTES DE DROGAS, APENAS 10% ESTÁ RECEBENDO TRATAMENTO

Surfista e jogador de futebol perderam prestígio e patrocínio para as drogas.

Santa Catarina tem 125 mil dependentes de drogas, segundo pesquisa da Assembleia Legislativa do estado (Alesc). Desse total, apenas 10% estão em tratamento em alguma comunidade de reabilitação, como mostrou reportagem do RBS Notícias.
No estado, são cerca de 140 comunidades que ajudam no tratamento de dependente químicos e as familias sofrem junto com eles. "Quando o problema está dentro da família e todos começam a compartilhar, é muito difícil. O transtorno, a forma de tratar a situção. Mas quando se afasta, fica pior ainda", disse a psicóloga Marylis Barreto.
Um dos que sentiram esse isolamento foi o ex-jogador de futebol profissional Albeneir Marques Pereira. "Eu perdi praticamente tudo. Eu perdi o convivio da família. A gente vai perdendo, vai rolando morro abaixo, morro abaixo, morro abaixo. Eu praticamente morei na rua", disse.
Ex-jogador do futebol catarinense venceu o vício
(Foto: Reprodução RBS TV)
O fundo do poço veio quando ele deixou de jogar futebol. Por mais de três décadas, o ídolo do Figueirense virou refém de outra droga: o álcool.
"Eu acabei em um centro de tratamento onde eu pedi ajuda em 6 de dezembro de 2006 e hoje, graças a Deus, vou completar 9 anos limpo. Cada dia é uma batalha", completou.
Perda de patrocínio
Outro atleta prejudicado pela drogas foi o ex-surfista profissional Tiago Bianchini. Ele começou a usar as substâncias ilícitas ainda na adolescência.
"Tinha uns amigos que usavam assim e aí comecei a experimentar maconha", contou. "É aquela coisa, quando a pessoa é adolescente tudo é novo, nas amizades, na escola. Então é muito fácil", resumiu.
Porém, depois a vida dele ficou complicada. "Fui me isolando. Minha família foi sofrendo muito do meu lado e acabei perdendo patrocínio", disse.
Surfista profissional, Tiago já foi campeão catarinense e brasileiro, mas as drogas fizeram com que a carreira fosse interrompida mais cedo. Aos 28 anos, ele ainda sofre com recaídas e luta pra se livrar do vício.
Tiago está em reabilitação pela terceira vez e atualmente está internado em uma comunidade terapêutica na Grande Florianópolis.
Serão meses de reabilitação. "Agora, eu vou fazer o tratamento, seis meses que têm para fazer, me graduar e ser feliz. Ter uma vida boa. Eu sou novo, tenho 28 anos ainda, tenho uma filha linda. Tenho certeza que, quando eu sair daqui, dar a volta por cima, eu vou dar muito mais valor para a minha vida", disse.
Pra quem já saiu dessa, uma lição: "não arrisca. Não arrisca. Siga de boa, siga na paz, com tranquilidade, siga com saúde. Eu não aconselharia o uso de álcool nem de substância química alguma", avisou Albeneir.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

DEPENDÊNCIA DE DROGAS É DOENÇA!

Durante muitos anos e na maioria dos povos e culturas o uso abusivo de álcool e de outras drogas foi considerado falha de caráter, vício. Essa idéia dificultava muito o tratamento dos doentes, uma vez que a dependência química não era vista como problema de saúde.
Nem todos os usuários de drogas se tornam dependentes. Alguns seguem consumindo de vez em quando, enquanto outros não conseguem se controlar, usando a droga de forma abusiva. Ainda não se conhecem todas as causas da dependência e por isso não dá para saber, entre as pessoas que começam a usar drogas, quais serão usuários ocasionais e quais se tornarão dependentes.
Sabe-se que a pessoa se torna dependente possivelmente devido a uma memória que a droga cria no cérebro, ligada a situações emocionais e ambientais (familiares, sociais). Nessas situações, através de mecanismos desconhecidos, o indivíduo sente necessidade da droga.
Também uma maior predisposição biológica, que faz com que as drogas causem efeitos diferentes sobre o cérebro de cada usuário, tornando uns mais propensos à dependência que outros, pode explicar, em parte, o uso abusivo.
Há ainda a predisposição genética. Sabe-se, por exemplo, que a incidência de alcoolismo em filhos de pais alcoólatras é de três a quatro vezes maior do que entre os filhos de não-dependentes.
Na Classificação Internacional das Doenças (CID), a dependência de álcool e de todas as substâncias psicoativas está na categoria "transtornos mentais de comportamento", sendo considerada uma doença crônica e recidivante (o doente tem recaídas), caracterizada pela busca e consumo compulsivo de drogas.
**********
SE VOCÊ CONHECE ALGUEM QUE NECESSITA DE AJUDA ACESSE CLÍNICA UP LIFE

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

JOVENS ESTÃO CONSUMINDO ÁLCOOL CADA VEZ MAIS CEDO

De acordo com estudo, muitos começam antes mesmo dos 14 anos
Uma pesquisa feita pela Organização Pan-americana de Saúde em 35 países revelou que os jovens - incluindo os brasileiros - estão consumindo mais bebidas alcoólicas e cada vez mais cedo. De acordo com o estudo, muitos começam antes mesmo dos 14 anos. Em um corpo jovem, em formação, a sobrecarga de álcool leva a danos permanentes. Outros só serão sentidos lá na frente.
A pesquisa também demonstrou que argentinos, chilenos e uruguaios estão na frente do Brasil quando o assunto é consumo de álcool. A média de consumo nocivo subiu no continente: de 17,9 para 29,4% entre os homens e de 4,6% para 13% entre as mulheres.
Há pouco mais de um ano, Manuel sente um dos mais dolorosos efeitos colaterais do álcool: a perda de um filho. Gabriel morreu em maio do ano passado, aos 18 anos, na saída de uma festa. Ele foi atropelado por um motorista bêbado, praticamente da mesma idade.
Em 2012, ano em que a pesquisa foi finalizada, o álcool provocou uma morte a cada 100 segundos no continente. No mesmo período, a bebida contribuiu para mais de 300 mil óbitos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

QUAIS SÃO DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA.

Cada vez mais, governos e sociedades em todo o mundo concluem que a prioridade é desintoxicar, tratar e auxiliar os dependentes químicos a voltarem ao convívio social.
Entretanto, além das dificuldades de recuperação dos dependentes químicos, especialmente aqueles viciados em crack, o Brasil convive hoje com uma rede de tratamento para dependentes químicos pequena e precária e com profissionais pouco qualificados.
A complexidade do tratamento da dependência, doença crônica e grave, foi resumida no depoimento de Célio Luiz Barbosa, coordenador-geral dos Centros de Atendimento às Famílias da Fazenda da Paz na subcomissão do Senado.
“Tratar a dependência química não é apenas curar os efeitos que as drogas causam no indivíduo, é reorganizar o indivíduo por completo”, afirma.
O problema é agravado pela efetividade limitada das abordagens de tratamento para dependentes químicos, especialmente de cocaína e crack, discutidas pela comunidade científica e pela sociedade. Há décadas, se estudam e se buscam tratamentos eficazes.
Como o vício atinge todos os aspectos da saúde e da vida do dependente, a psiquiatra Alessandra Diehl e seus colegas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) enfatizam que “o paciente apresentará necessidades múltiplas e o tratamento deve ser preparado para oferecer um amplo conjunto de intervenções personalizadas”.
Às dificuldades do tratamento para dependentes químicos em si, intensificadas muitas vezes pela falta de apoio de famílias desarticuladas, soma-se um sistema público de saúde particularmente desaparelhado para tratar a dependência química e as doenças mentais.
Os médicos, no entanto, acusam a desarticulação do modelo, sem que nada seja oferecido em seu lugar. De acordo com parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil oferece 0,34% dos leitos que seriam necessários para sua população.
Outro problema detectado é a falta de preparo dos médicos para lidar com o dependente químico.
Para suprir essa carência, as clínicas terapêuticas, instituições privadas disseminadas por todo o mundo que oferecem especialmente tratamento para dependentes químicos, estão abrigando a maior parte dos pacientes em tratamento.
O problema, nesse caso, é a falta de regulamentação dessa atividade e, também, de apoio público às entidades que realizam um trabalho em acordo com as mínimas diretrizes e padrões legais.
***************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLÍNICA UP LIFE

terça-feira, 1 de setembro de 2015

QUAL É A CAUSA DO USO DE DROGAS?

O que nós sabemos é que é uma equação, como se fosse um triângulo. A ponta do triângulo é a droga, uma coisa é usar tabaco, outra maconha e outra crack, que com o pouco uso acaba deixando o indivíduo dependente. Na outra ponta tem o indivíduo, uma pessoa depressiva, ansiosa, angustiada e frágil e a terceira ponta do triângulo está no ambiente onde a pessoa vive. Às vezes, o ambiente favorece o uso da droga em uma personalidade que é mais frágil e se a droga for mais forte. Por que a mesma droga deixa uma pessoa dependente e outra não, isso não se sabe. O que se sabe é quando mais cedo a pessoa começar usar a droga, maior são as chances de se tornar dependente. Escolher usar álcool ou droga e que tipo de droga, vai depender muito de pessoa para pessoa. É como se ela tivesse uma atração por exemplo, gosta de álcool e se dá bem com ele. Vai ver no álcool a sua principal fonte de escolha, mais do que o outro que gosta de cocaína. A pessoa que gosta da cocaína pode beber álcool mas não vai ser a sua vontade e o seu prazer. Existem pessoas que gostam de maconha, experimentam cocaína e não gostam. Isso são ligações que a pessoa faz a nível do cérebro, de neurorreceptores onde o contato químico daquela droga com aquele cérebro provoca aquela reação prazerosa.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O QUE É ABSTINÊNCIA????????

Síndrome é o conjunto de sinais e sintomas. Abstinência é a falta/ausência/diminuição/parada. Sendo aguda e aparece em horas/dias. Sendo demorada/tardia e aparece após meses/anos. Obs. - o álcool/cocaína são hidrossolúvel [eliminada em horas e vestígios de 1 a 2 dias] e a maconha é lipossolúvel [a droga se deposita na gordura e demora de 10 a l5 dias a ser eliminada e por esse motivo a síndrome é muito severa e prolongada]. Dependência da droga na forma psicológica e na forma física é a síndrome de abstinência, que é um termo/frase de fácil entendimento popular Dependência psicológica é vista como obsessão, ocorre na mudança da emoção,
Abstinência é um conjunto de sintomas, de agrupamentos e gravidade variáveis, ocorrendo na ausência relativa ou absoluta de uma substância, após seu uso repetido, prolongado e com altas doses. A abstinência pode ser complicada por convulsões e delirium. os sinais/sintomas psicológicos e emocionais são:
-Emocional: *ansiedade [o Dependente Químico é o dobro ansioso que a média da população], *alteração do humor [mudança brusca comportamento], *agressividade, *angústia, *irritabilidade, *tensão, *desorientação no tempo e no espaço, *paranóia [medo, perseguição, pânico], *depressão primária [o Dependente Químico gera problemas iguais ao doente psiquiátrico depressivo], *convulsões.
-Memória: *confusão mental, *concentração, *raciocínio, *lapsos de memória, *crise de identidade.
-*Sono alterado [insônia ou sono pesado], *sonhos aumentados [onde as angústias são resolvidas à fabricação de coisas boas e a esperança de acontecer], *pesadelo [geralmente com a drogradição]
Dependência física é vista como compulsão, ocorre a mudança física, os sinais/sintomas físicos são:
- *sudorese [suor aumentado], *cefaléia [dor de cabeça], *dores musculares, *câimbras, *tremores, *fadiga, *oscilação pressão arterial [alta ou baixa], *taquicardia [coração acelerado], *febre, *náuseas e *vômitos, *diarréia ou *intestino preso, *falta de apetite, *alucinações/delírios.
****************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLÍNICA UP LIFE

domingo, 30 de agosto de 2015

CRACK: SEUS EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS

O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada em cachimbos.
Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil.
Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer, euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra faceta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em altas concentrações.
Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.
Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a este último exemplo, tal comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs e, como o sistema imunológico dos dependentes se encontra cada vez mais debilitado, as consequências são preocupantes.
Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade por parte da pessoa, e apoio da família. Há pacientes que ficam internados por muitos meses, mas conseguem se livrar dessa situação.
*******************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLÍNICA UP LIFE
Créditos: Mariana Araguaia

sábado, 29 de agosto de 2015

QUE MECANISMO DO CORPO HUMANO EXPLICA O PROCESSO DE DEPENDÊNCIA DA DROGA????

Acho importante destacar que existe, no cérebro, uma área responsável pelo prazer. O prazer, que sentimos ao comer, fazer sexo ou ao expor o corpo ao calor do sol, é integrado numa área cerebral chamada sistema de recompensa. Esse sistema foi relevante para a sobrevivência da espécie. Quando os animais sentiam prazer na atividade sexual, a tendência era repeti-la. Estar abrigado do frio não só dava prazer, mas também protegia a espécie. Desse modo, evolutivamente, criamos essa área de recompensa e é nela que a ação química de diversas drogas interfere. Apesar de cada uma possuir mecanismo de ação e efeitos diferentes, a proposta final é a mesma, não importa se tenha vindo do cigarro, álcool, maconha, cocaína ou heroína. Por isso, só produzem dependência as drogas que de algum modo atuam nessa área.
Vários são os motivos que levam à dependência química, mas o final é sempre o mesmo. De alguma maneira, as drogas pervertem o sistema de recompensa. A pessoa passa a dar-lhes preferência quase absoluta, mesmo que isso atrapalhe todo o resto em sua vida. Para quem está de fora fica difícil entender por que o usuário de cocaína ou de crack, com a saúde deteriorada, não abandona a droga. Tal comportamento reflete uma disfunção do cérebro. A atenção do dependente se volta para o prazer imediato propiciado pelo uso da droga, fazendo com que percam significado todas as outras fontes de prazer.
****************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLÍNICA UP LIFE
créditos: drauziovarella.com.br. Bate papo entre Dr. Drauzio Varella e Dr. Ronaldo Laranjeiras

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ASSOCIAÇÃO DE MÉDICOS É CONTRA MUDANÇA NA DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS

O porte de drogas para consumo próprio estava na pauta de ontem do Supremo Tribunal Federal, mas a sessão foi suspensa
A visão de que o usuário de drogas não pode ser punido como um traficante e o uso de substâncias ilícitas não deve ser incentivado estão entre as posições contra e favoráveis à descriminalização do porte apresentadas por especialistas da área de saúde e entidades médicas.
Presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso diz que a entidade não está de acordo com a mudança no artigo 28 da Lei de Drogas. "Nossa posição sempre foi contrária ao uso de qualquer tipo de droga, incluindo álcool. Se tem alguém que faz uso, precisa ser tratado."
Diretor do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, Marcelo Ribeiro também é contra. "O país ainda é muito imaturo. Os outros países têm um comércio regulamentado e mais modelos para tratamentos de dependência."
O psiquiatra e vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) Mauro Aranha diz que a criminalização atinge pessoas com menor poder aquisitivo. "Sou favorável à descriminalização do usuário de drogas, mas não do traficante. Até porque hoje os principais punidos no Brasil são usuários desfavorecidos, negros e pobres."
O tema estava na pauta de ontem do Supremo Tribunal Federal, mas a sessão foi suspensa. Os ministros analisam a constitucionalidade do artigo 28 da Lei 11.343, de 2006. O recurso chegou ao Supremo em 2011 e ganhou repercussão geral, ou seja, servirá como base para decisões em casos semelhantes em todos os tribunais do país.
A ação, proposta pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, contesta uma decisão do Juizado Especial Cível de Diadema, no ABC paulista. O Tribunal de Justiça manteve a condenação de uma pessoa por portar 3 gramas de maconha.
A argumentação apresentada pela Defensoria é de que o artigo 28 da Lei de Drogas "viola o princípio da intimidade e da vida privada" e é, portanto, inconstitucional. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
***************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLÍNICA UP LIFE

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

OS USUÁRIOS DE DROGAS SÃO VULNERÁVEIS A DOENÇAS MENTAIS OU ALGUMAS DOENÇAS MENTAIS LEVAM ÀS DROGAS?

Uma das perguntas mais comuns sobre dependência química é saber, afinal, se os usuários de drogas são mais vulneráveis às doenças mentais ou se algumas doenças mentais é que levam ao consumo da droga? Excluindo-se o próprio fato da dependência, que já é uma doença, a pergunta que se faz é saber se a pessoa que continua usando drogas apesar de saber todo mal que ela causou e causa em sua vida é normal psiquiatricamente.
Conforme afirma o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Norte-americana de Psiquiatria) o Transtorno por Uso de Substâncias, que engloba o abuso e a dependência a substâncias, encontra-se freqüentemente associado a outras patologias psiquiátricas. Assim diante de um paciente com uso problemático de drogas, seja dependência ou uso abusivo, devemos sempre investigar a existência de outra doença emocional; ou por baixo da dependência ou como conseqüência.
É provável até que a existência de outros transtornos emocionais co-mórbidos à dependência dificulte a adesão do paciente ao tratamento, proporcione resultados piores em termos de freqüência e quantidade da droga consumida, bem como do funcionamento psicossocial. É isso mesmo. Nem sempre é a droga em si a responsável exclusiva pela apatia ocupacional do dependente, pelos fracassos sociais e familiares. Muitas vezes sua própria personalidade se mostra algo inviável para a condução da vida.
São muitas as dúvidas sobre as causas, conseqüências e recusa ao tratamento da dependência. Seriam outros transtornos emocionais que causariam isso tudo? Quais patologias mentais estariam mais freqüentemente associadas ao uso de drogas? Tais doenças teriam uma evolução diferente por culpa das drogas? Quais os tratamentos e as prevenções mais apropriadas?
Muitos trabalhos de pesquisa têm mostrado uma elevada prevalência (13%) da associação de doença mental com uso abusivo de substâncias. Nas populações em tratamento psiquiátrico, tanto ambulatorial quanto em internação hospitalar, encontra-se 20 a 50% de co-morbidade entre as variadas doenças mentais com o alcoolismo e abuso de outras drogas (McCrady, 1999).
Observações inversas também ocorrem, pois nos centros especializados no atendimento ao dependente químico a co-morbidade com outros transtornos mentais também é maior, se comparada à população em geral. Em relação às doenças mentais mais severas, como são a esquizofrenia e o transtorno bipolar do humor, em quase metade dos pacientes também aparece a associação com abuso ou dependência de substâncias psicoativas (Alverson, 2000).
Embora não haja evidências na literatura de determinados transtornos emocionais e de personalidade como sendo causas do comportamento aditivo, a presença de Transtorno de Conduta na infância, de diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar na adolescência e Transtorno Anti-Social de Personalidade ou Borderline seriam fortes fatores de risco para uso de drogas no futuro.
Uma das hipóteses que tentam justificar a associação entre dependência química e transtornos emocionais seria uma espécie de vulnerabilidade da pessoa para a doença mental. Neste caso a droga apenas desencadearia e agravaria os sintomas mentais dormentes.
Essa associação se dá em função da pessoa que se sente mal por conta de algum transtorno emocional buscar a droga como uma espécie de “automedicação”. Ela aliviaria os sintomas de sua depressão, sua ansiedade, obsessão, angústia e assim por diante.
A associação de uma pessoa com transtorno afetivo bipolar e dependência à cocaína, ou do transtorno obsessivo-compulsivo com o álcool, o transtorno de ansiedade, fóbico ou do pânico com maconha e assim por diante. É, inclusive, útil para entender o severo agravamento da tendência esquizofrênica (personalidade esquizóide, por exemplo) com abuso de craque ou coisa que o valha.
Já é muitíssimo conhecido das pessoas que lidam com pacientes internados o fato da maioria dos esquizofrênicos fumarem exageradamente, sugerindo algum substrato neurobiológico comum aos dois estados.
Tecnicamente, a literatura científica vem estabelecendo o sistema dopaminérgico mesolímbico como o principal substrato biológico para o reforço positivo de psicoestimulantes, maconha, nicotina e álcool. Essas substâncias direta ou indiretamente aumentam a liberação de dopamina, um neurotransmissor, nos sistemas que envolvem os neurônios de uma determinada área cerebral (a área tegmentar ventral na sua conexão com o núcleo acumbens). Essas mesmas áreas cerebrais (mesolímbicas) estão envolvidas no comportamento de fissura pela droga (Chambers, 2001).
É interessante saber que esse mesmo sistema cerebral (mesolímbico) esta relacionado com os sintomas esquizofrênicos, com a ação dos medicamentos para esquizofrenia e com o desenvolvimento de sintomas psicóticos pelo uso de anfetaminas e cocaína, como é o caso da chamada “nóia” (sintomas francamente paranóicos).
O tratamento do dependente químico portador também de outra doença mental tem resultados melhores quando se integra o tratamento dos sintomas psíquicos do eventual transtorno com atitudes direcionadas à dependência. A existência de comorbidade aumenta a dificuldade no controle de cada doença isoladamente, ou seja, é mais difícil tratar um paciente deprimido e dependente de cocaína do que o tratamento da depressão ou dependência à cocaína isoladamente.
Tem sido comum a comorbidade de Transtorno Depressivo com uso diário de bebida alcoólica, com dependência ou não. Na maioria dos casos percebe-se claramente que o álcool está sendo usado como lenitivo da angústia, desânimo e tristeza próprios da depressão. Neste caso o sucesso terapêutico será inegavelmente maior se a depressão for tratada com mesmo entusiasmo que a abstinência do álcool. É bastante freqüente a associação de alcoolismo, dependência de cocaína ou anfetaminas com depressão. Não se pode tratar uma doença sem tratar igualmente a outra.
O quadro de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), anteriormente acreditado afetar apenas crianças, é bastante associado ao consumo de cocaína. Os pacientes referem sentir-se aliviados com a cocaína. A semelhança neuroquímica entre esses dois estados deduz-se até pelo fato do tratamento do TDAH ser através de fortes estimulantes, como, por exemplo, o metilfenidato. Neste caso o tratamento precoce do TDAH, ainda em criança, deve ser encorajado até por uma questão de prevenção para a eventual futura dependência química.
A dependência a anfetaminas, cocaína e seus derivados (craque) leva a um quadro francamente psicótico, paranóico e alucinatório. Como não se trata de uma esquizofrenia franca ou genuína, falamos em quadro esquizofreniforme. Apesar de muito exuberante em sintomas, tudo isso se resolve em poucas semanas com a abstinência e o tratamento da dependência. Por outro lado, embora a esquizofrenia verdadeira não seja causada pelas drogas, poderá ser severamente piorada com o uso de destas, formando assim um círculo vicioso; esquizofrenia – drogas - piora da esquizofrenia – mais drogas... e assim por diante. Nesses pacientes o controle dos sintomas psicóticos é de grande importância para a redução na utilização da droga.
É muito importante avaliar a presença de comorbidades nos pacientes com dependência química para maior eficácia do tratamento. Além de proporcionar o não-uso da substância, o tratamento objetiva assistir intensivamente a eventual síndrome de abstinência, a correção de estados agudos de ansiedade e depressão, idéias delirantes e eventuais alucinações.
*************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLÍNICA UP LIFE
Créditos: Ballone GJ - Dependência Química e outras doenças mentais - in. PsiqWeb,

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO TERAPÊUTICO PARA O TRATAMENTO DO DEPENDENTE QUÍMICO E ALCOÓLICO

A família é um conjunto de pessoas que se encontram, ligadas por laços afetivos, têm objetivos em comum, e um funcionamento específico. No caso desse funcionamento ser alterado, como quando um dos membros está internado, é natural que surjam dúvidas e insegurança em todo e qualquer membro da família. É um momento de tomada de decisões que podem ser fáceis ou não, há que adaptar uma postura diferente para que o problema seja solucionado, neste caso, para que a pessoa internada atinja o estado de saúde ou, no caso de não se encontrar doente, que possa retornar a casa. O apoio familiar é muito importante, sendo mais ainda durante o tratamento, porém esse papel no trato com o doente não é fácil, pois vários são os sentimentos que ela pode apresentar diante dessa situação, tais como culpa preconceito e incapacidade. Além do preconceito que os dependentes químicos sofrem da sociedade, eles também são submetidos aos da família, que se sente envergonhada pela sociedade pelo simples fato de não terem conseguido formar um individuo “saudável” e preparado para cumprir com suas obrigações sociais. Não é possível julgá-las, pois também são vitimas da sociedade assim como o doente, mas é possível reconhecer a importância dela na vida de qualquer ser humano.
Os familiares tornam-se essenciais no processo de tratamento do doente, no entanto necessitam saber como lidar com as situações estressantes, evitando comentários críticos ao paciente ou se tornando exageradamente super protetores, dois fatores que reconhecidamente provocam recaídas. Torna-se muito importante que os familiares dosem o grau de exigências em relação ao paciente, exigindo assim mais do que ele pode realizar em dado momento, porém sem deixá-lo abandonado, ou sem participação na vida familiar. Conhecendo melhor a doença e tendo um diagnóstico claro, a família passa a ser um aliado eficiente em conjunto com a medicação e a terapêutica trabalhada pela equipe multiprofissional oferecida pela clínica.
O papel da família e importantíssimo em todas as fases do processo terapêutico, porém fundamental no inicio do tratamento onde o paciente ainda não percebe claramente que aquilo que acontece com ele é decorrente de uma doença, sendo que para este alucinações e delírios são reais, dizer ao paciente que tudo não passa de sua imaginação não resolve, ao contrario isso aumenta sua resistência ao tratamento. Tanto a família quanto a equipe responsável pelo paciente necessitam estar alinhadas objetivando adquirir confiança e vinculo, para que se estabeleça uma relação de confiança e de aceitação ao tratamento, o que ira garantir a efetivação do tratamento e conseqüente melhora.
Podemos perceber que a recuperação do dependente químico é um processo longo, e em muitos casos gradual e lento, no entanto combinando varias abordagens os resultados tornam-se assertivos e em muitos casos muito satisfatório.
Evidenciamos que a participação da família no processo terapêutico dos pacientes dependentes químicos é fundamental e contribui de forma significativa no tratamento e conseqüente melhora. O paciente sente-se valorizado e confiante de sua recuperação, quando sente a efetividade da participação familiar, independente de sua forma de constituição, porem levando em consideração os vínculos estabelecidos e a dinâmica funcional, reconhecendo e respeitando suas limitações, procurando trabalhar preconceitos e/outras formas de entendimento da situação problema do paciente.
A relação familiar é o sustentáculo e a base para uma boa estrutura emocional para o paciente, tanto para a prevenção de uma crise, quanto para sua manutenção e recuperação. Fato pelo qual torna-se essencial sua participação em todos os processos terapêuticos no qual o paciente esta inserido o que ira propiciar uma melhor adequação do paciente ao tratamento e consequente melhora.
**************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE: CLÍNICA UP LIFE

terça-feira, 18 de agosto de 2015

QUAIS SÃO OS TIPO DE INTERNAÇÃO AUTORIZADAS POR LEI???

De acordo com a Lei Nº 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001, existem 3 tipos de internação:
- Internação Voluntária: 
Aquela que se dá com o consentimento do usuário, que reconhecendo o problema pede ajuda;
- Internação Involuntária:
Aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro, que tem que ser parente consangüíneo e com objetivo de preservação da vida. A internação involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento e deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público. O término desta internação se dará por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.
- Internação Compulsória:
Aquela determinada pela Justiça. É determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.
Independente da modalidade que a internação é realizada o objetivo é conseguir, através de um acolhimento humanizado, que o paciente faça a adesão ao tratamento e durante o período possa reconhecer a necessidade da mudança de hábitos que prejuízos a sua saúde física, mental e social, reconhecendo que suas escolhas causam impacto também naqueles que vivem a seu redor.
********************
SE VOCÊ NECESSITA DE AJUDA ACESSE O LINK:
Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 / 94377-7969

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

DIZER NÃO É UM ATO DE AMOR

Na sociedade em que vivemos atualmente a permissividade tem se tornado cada vez mais evidente. Os pais tem cada vez mais dificuldades em impor limites e regras a seus filhos. O resultado é o que observamos: jovens sem limites e desajustados socialmente.
Temos uma geração de adolescentes e jovens que não sabem lidar com as frustrações e com os NÃOS que a sociedade lhes impõe, seja na escolha, na vida social ou no trabalho.
Essas habilidades que não foram desenvolvidas desde a infância tem como resultado o aumento exponencial do uso de álcool e drogas, além da criminalidade e da banalização de valores éticos e morais.
PAIS APRENDAM A DIZER NÃO A SEUS FILHOS ENQUANTO HÁ TEMPO, somente dessa maneira eles terão a oportunidade de desenvolver essas habilidades que serão essenciais para a formação de seu caráter e fundamentais para que tenham capacidade de fazer escolhas adequadas para seu futuro.
Se necessitarem de orientação ou aconselhamento, agende uma visita.
**********************
SE VOCÊ PRECISA DE AJUDA ACESSE:
Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 / 94377-7969

domingo, 16 de agosto de 2015

DEPENDÊNCIA QUÍMICA E ALCOÓLICA É DOENÇA???

Há muita desinformação por aí sobre como ajudar um dependente químico. Algumas pessoas acreditam que vencer um vício é uma questão de força de vontade; basta afastar-se do entorpecente. Infelizmente, o vício é mais complexo do que só tratar o comportamento. Para ajudar um dependente em drogas ou álcool, é preciso entender que a dependência é uma doença crônica e uma batalha muito difícil de vencer. 
Não espere até que comportamento di dependente fique fora de controle de tal forma que não dê para consertar as relações com família e amigos. O ideal é o dependente procurar ajuda contra o vício antes de consequências graves, como perder o emprego, negligenciar entes queridos e se arruinar financeiramente.
Esteja preparado para agir com rigor se o dependente recusar tratamento, mas acima de tudo demonstre amor e também a preocupação que o uso de drogas ou álcool traz para a família e amigos e o quanto esse comportamento afeta a todos.
Neste ponto você já deve ter pesquisado e encontrado um local adequado para o tratamento..
*************
SE PRECISA DE AJUDA ACESSE O LINK:
Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 / 94377-7969

sábado, 15 de agosto de 2015

QUAL É A CAUSA DO USO DE DROGAS?

O que nós sabemos é que é uma equação, como se fosse um triângulo. A ponta do triângulo é a droga, uma coisa é usar tabaco, outra maconha e outra crack, que com o pouco uso acaba deixando o indivíduo dependente. Na outra ponta tem o indivíduo, uma pessoa depressiva, ansiosa, angustiada e frágil e a terceira ponta do triângulo está no ambiente onde a pessoa vive. Às vezes, o ambiente favorece o uso da droga em uma personalidade que é mais frágil e se a droga for mais forte. Por que a mesma droga deixa uma pessoa dependente e outra não, isso não se sabe. O que se sabe é quando mais cedo a pessoa começar usar a droga, maior são as chances de se tornar dependente. Escolher usar álcool ou droga e que tipo de droga, vai depender muito de pessoa para pessoa. É como se ela tivesse uma atração por exemplo, gosta de álcool e se dá bem com ele. Vai ver no álcool a sua principal fonte de escolha, mais do que o outro que gosta de cocaína. A pessoa que gosta da cocaína pode beber álcool mas não vai ser a sua vontade e o seu prazer. Existem pessoas que gostam de maconha, experimentam cocaína e não gostam. Isso são ligações que a pessoa faz a nível do cérebro, de neurorreceptores onde o contato químico daquela droga com aquele cérebro provoca aquela reação prazerosa.
*******************
Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 / 94377-7969

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O QUE ABSTINÊNCIA????

Síndrome é o conjunto de sinais e sintomas. Abstinência é a falta/ausência/diminuição/parada. Sendo aguda e aparece em horas/dias. Sendo demorada/tardia e aparece após meses/anos. Obs. - o álcool/cocaína são hidrossolúvel [eliminada em horas e vestígios de 1 a 2 dias] e a maconha é lipossolúvel [a droga se deposita na gordura e demora de 10 a l5 dias a ser eliminada e por esse motivo a síndrome é muito severa e prolongada]. Dependência da droga na forma psicológica e na forma física é a síndrome de abstinência, que é um termo/frase de fácil entendimento popular Dependência psicológica é vista como obsessão, ocorre na mudança da emoção,
Abstinência é um conjunto de sintomas, de agrupamentos e gravidade variáveis, ocorrendo na ausência relativa ou absoluta de uma substância, após seu uso repetido, prolongado e com altas doses. A abstinência pode ser complicada por convulsões e delirium. os sinais/sintomas psicológicos e emocionais são:
-Emocional: *ansiedade [o Dependente Químico é o dobro ansioso que a média da população], *alteração do humor [mudança brusca comportamento], *agressividade, *angústia, *irritabilidade, *tensão, *desorientação no tempo e no espaço, *paranóia [medo, perseguição, pânico], *depressão primária [o Dependente Químico gera problemas iguais ao doente psiquiátrico depressivo], *convulsões.
-Memória: *confusão mental, *concentração, *raciocínio, *lapsos de memória, *crise de identidade.
-*Sono alterado [insônia ou sono pesado], *sonhos aumentados [onde as angústias são resolvidas à fabricação de coisas boas e a esperança de acontecer], *pesadelo [geralmente com a drogradição]
Dependência física é vista como compulsão, ocorre a mudança física, os sinais/sintomas físicos são:
- *sudorese [suor aumentado], *cefaléia [dor de cabeça], *dores musculares, *câimbras, *tremores, *fadiga, *oscilação pressão arterial [alta ou baixa], *taquicardia [coração acelerado], *febre, *náuseas e *vômitos, *diarréia ou *intestino preso, *falta de apetite, *alucinações/delírios.

************************
CLÍNICA PARA TRATAMENTO DE DEPENDENCIA QUÍMICA E ALCOÓLICA UP LIFE

Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 / 94377-7969

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

CLÍNICA UP LIFE - REFERÊNCIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA E ALCOÓLICA

A Clínica Up Life, atua há vários anos, em sede própria, localizada na cidade de São Roque/ SP.
Possui equipe multidisciplinar especializada, com ampla experiência no tratamento da dependência química e alcóolica. A Clínica Up Life oferece durante o tratamento o acompanhamento de psiquiatra, clínica geral, psicólogos, terapeutas, enfermagem, educadora física, conselheira em Dq, coordenadores, monitores e cuidadores.
Com uma proposta terapêutica individualizada e humanizada, busca atuar em todos os aspectos da doença. Por se tratar de um problema de múltiplos fatores é fundamental que o indivíduo receba atenção integral de suas necessidades físicas, emocionais e também espirituais.

Em uma estrutura moderna e acolhedora os pacientes recebem atenção 24 horas. O tratamento proposto tem duração mínima de 6 meses.

Para conhecer melhor nossas instalações assista o vídeo.


Se necessitar de maiores informações acesse o site:
Clínica Up Life
Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 / 94377-7969

QUAIS SÃO OS DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Cada vez mais, governos e sociedades em todo o mundo concluem que a prioridade é desintoxicar, tratar e auxiliar os dependentes químicos a voltarem ao convívio social.
Entretanto, além das dificuldades de recuperação dos dependentes químicos, especialmente aqueles viciados em crack, o Brasil convive hoje com uma rede de tratamento para dependentes químicos pequena e precária e com profissionais pouco qualificados.
A complexidade do tratamento da dependência, doença crônica e grave, foi resumida no depoimento de Célio Luiz Barbosa, coordenador-geral dos Centros de Atendimento às Famílias da Fazenda da Paz na subcomissão do Senado.
“Tratar a dependência química não é apenas curar os efeitos que as drogas causam no indivíduo, é reorganizar o indivíduo por completo”, afirma.
O problema é agravado pela efetividade limitada das abordagens de tratamento para dependentes químicos, especialmente de cocaína e crack, discutidas pela comunidade científica e pela sociedade. Há décadas, se estudam e se buscam tratamentos eficazes.
Como o vício atinge todos os aspectos da saúde e da vida do dependente, a psiquiatra Alessandra Diehl e seus colegas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) enfatizam que “o paciente apresentará necessidades múltiplas e o tratamento deve ser preparado para oferecer um amplo conjunto de intervenções personalizadas”.
Às dificuldades do tratamento para dependentes químicos em si, intensificadas muitas vezes pela falta de apoio de famílias desarticuladas, soma-se um sistema público de saúde particularmente desaparelhado para tratar a dependência química e as doenças mentais.
Os médicos, no entanto, acusam a desarticulação do modelo, sem que nada seja oferecido em seu lugar. De acordo com parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil oferece 0,34% dos leitos que seriam necessários para sua população.
Outro problema detectado é a falta de preparo dos médicos para lidar com o dependente químico.
Para suprir essa carência, as clínicas terapêuticas, instituições privadas disseminadas por todo o mundo que oferecem especialmente tratamento para dependentes químicos, estão abrigando a maior parte dos pacientes em tratamento.
O problema, nesse caso, é a falta de regulamentação dessa atividade e, também, de apoio público às entidades que realizam um trabalho em acordo com as mínimas diretrizes e padrões legais.
********************
Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 / 94377-7969

CRACK: SEUS EFEITOS E CONSEQUENCIAS

O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada em cachimbos.
Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil.
Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer, euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra faceta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em altas concentrações.
Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.
Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a este último exemplo, tal comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs e, como o sistema imunológico dos dependentes se encontra cada vez mais debilitado, as consequências são preocupantes.
Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade por parte da pessoa, e apoio da família. Há pacientes que ficam internados por muitos meses, mas conseguem se livrar dessa situação.
Créditos: Mariana Araguaia
SE NECESSITA DE AJUDA ACESSE: www.clinicauplife.com.br
Fones: 11 4714-1079 / 7797-7969 (nextel) / 94377-7969 (vivo)

segunda-feira, 29 de junho de 2015

RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS DE 2015

Relatório Mundial sobre Drogas de 2015, o uso de drogas é estável, mas o acesso ao tratamento da dependência e do HIV ainda é baixo
O Diretor Executivo do UNODC diz que o número de mortes, em todo o mundo, relacionadas à droga é inaceitável; o cultivo global de ópio aumentou desde o final da década de 1930
Viena, 26 de junho de 2015 - A prevalência do uso de drogas continua estável em todo o mundo, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas de 2015 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC). Estima-se que um total de 246 milhões de pessoas - um pouco mais do que 5% da população mundial com idade entre 15 e 64 anos - tenha feito uso de drogas ilícitas em 2013. Cerca de 27 milhões de pessoas fazem uso problemático de drogas, das quais quase a metade são pessoas que usam drogas injetáveis (PUDI). Estima-se que 1,65 milhão de pessoas que injetam drogas estavam vivendo com HIV em 2013. Homens são três vezes mais propensos ao uso de maconha, cocaína e anfetamina, enquanto que as mulheres são mais propensas a usar incorretamente opióides de prescrição e tranquilizantes.
Discursando sobre o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, o Diretor Executivo do UNODC, Yury Fedotov, observou que, embora o uso de drogas esteja estável no mundo, apenas uma de cada seis pessoas que fazem uso problemático de drogas tem acesso ao tratamento. "Mulheres, em particular, parecem enfrentar mais barreiras para ter acesso ao tratamento - enquanto, mundialmente, um em cada três usuários de drogas é mulher, apenas um em cada cinco usuários de drogas em tratamento é mulher". Além disso, Sr. Fedotov declarou que é necessário trabalhar mais para promover a importância de se entender e abordar a depêndencia como uma condição crônica de saúde a qual, assim como diabetes ou hipertensão, requer tratamento e cuidados sustentados a longo prazo. "Não existe um remédio rápido e simples para o uso problemático de drogas e nós precisamos investir, a longo prazo, em soluções médicas baseadas em evidências".
O uso de drogas e seu impacto na saúde
Um número estável, mas ainda inaceitalvemente alto, de usuários de drogas continua a perder suas vidas prematuramente em todo o mundo, diz o Diretor do UNODC, que estima um total de 187,100 mortes relacionadas com as drogas em 2013. O Relatório Mundial sobre Drogas inclui dados - levantados em conjunto com o UNAIDS, a OMS e o Banco Mundial - sobre a prevalência do HIV entre PUDI. Em alguns países, mulheres que injetam drogas são mais vulneráveis à infecções por HIV do que os homens, e a prevalência do HIV pode ser maior entre as mulheres que injetam drogas do que entre suas contrapartes masculinas. O número de novas infecções por HIV entre PUDI diminuiu aproximadamente 10% entre 2010 e 2013: de uma estimativa de 110,000 para 98,000. Entretanto, o Relatório Mundial sobre Drogas também indica que muitos fatores de risco, incluindo a transmissão de doenças infecciosas como o HIV e a hepatite C e a incidência de overdose por drogas, fazem com que o índice de mortes entre PUDI seja 15 vezes maior do que no resto da população.
Enquanto os dados indicam que o uso de opiódes (heroína e ópio) continua estável a nível mundial e que o uso de cocaína diminuiu globalmente, o uso de maconha e o uso não medicinal de opióides farmacêuticos continuam a crescer. Evidências sugerem que mais pessoas estão sofrendo consequências decorrentes do uso da maconha, e que a maconha pode estar se tornando mais prejudicial, como refletido pela alta proporção de pessoas procurando tratamento pela primeira vez em várias regiões do mundo. A demanda por tratamento também aumentou para tipos de estimulantes baseados em anfetamina (ATS, na sigla em inglês) - incluindo metanfetamina e MDMA ou "Ecstasy" - e para novas substâncias psicoativas (NSP), também conhecidas como "drogas legais".
Fornecimento e mercados de drogas ilegais
Em torno de 32.4 milhões de pessoas - ou 0.7% da população adulta do mundo - usam opióides farmacêuticos e opiáceos como a heroína e o ópio. Em 2014, o potencial de produção mundial de ópio alcançou 7,554 toneladas - o segundo maior nível desde a década de 1930, principalmente, devido ao aumento significativo do cultivo no Afeganistão, o principal país produtor. A apreensão global de heroína, por sua vez, aumentou em 8%, enquanto a apreensão de morfina ilícita diminuiu em 26% de 2012 a 2013.
Enquanto o tráfico marítmo não é a prática mais amplamente utilizada para o contrabando de drogas, operações de aplicação da lei no mar tem potencialmente apresentado o melhor impacto uma vez que a média de volumes apreendidos é proporcionalmente maior. No período de 2009 a 2014, por exemplo, a média para cada apreensão pelo mar foi de 365Kg, enquanto por terra (em rodovias e ferrovias) foi de 107Kg e por ar de 10Kg. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2015 também observa uma mudança na dinâmica das rotas usadas para contrabando de opiácios, com a heroína afegã alcançando novos mercados. Apreensões recentes sugerem que, talvez, tenha se tornado mais comum para grandes carregamentos da heroína afegã serem contrabandeados através do Oceano Índico para o leste e o sul africano. Países africanos ocidentais continuam a servir de transbordo para o contrabando de cocaína através do Atlântico para a Europa, e países do leste europeu estão emergindo como uma área de trânsito e como um destino dessa droga.
O Relatório Mundial sobre Drogas desse ano indica que o cultivo da planta de coca continuou a diminuir em 2013, alcançado o menor nível desde 1990. Com a prevalência de 0.4% na população adulta global, o uso de cocaína continua alto na Europa ocidental e central, na América do Norte e na Oceania (Austrália), ainda que dados recentes demonstrem uma tendência global de declíneo. O uso da maconha está crescendo e continua alto na África ocidental e central, na Europa ocidental e central, na Oceania, e na América do Norte. Dados de 2013 demonstram um aumento na quantidade de ervas de maconha e resina de maconha apreendidas em todo o mundo, alcançando 5,764 e 1,416 toneladas respectivamente.
A metanfetamina domina o mercado global de drogas sintéticas, e está se expandindo no Leste e no Leste-sul da Ásia. O uso de metanfetamina cristal está aumentando em partes da América do Norte e da Europa. Apreensões de ATS desde 2009 - as quais quase dobraram para alcançar mais de 144 toneladas em 2011 e 2012, e continuaram em um alto nível em 2013 - também apontaram para uma rápida expansão no mercado global. Por volta de dezembro de 2014, um total de 541 novas substâncias psicoativas as quais provocam impactos negativos a saúde tem sido relatadas por 95 países e território - um aumento de 20% comparado à cifra de 450 dos anos anteriores.
Desenvolvimento alternativo como uma estratégia a longo prazo contra cultivos ilícitos
O foco temático do Relatório Mundial sobre Drogas de 2015 é o Desenvolvimento Alternativo, uma estratégia a longo prazo que visa desenvolver fontes alternativas de renda para camponeses que dependem do cultivo de drogas ilícitas. Essa atividade é impulsionada por vários fatores, incluindo a marginalização, a falta de segurança, e a situação política e social das comunidades rurais. O Desenvolvimento Alternativo visa reduzir essas vulnerabilidades e, enfim, eliminar o cultivo de drogas ilícitas. Mais de 40 anos de experiência tem demonstrado que essa abordagem funciona quando existe uma visão a longo prazo, financiamento adequado, e suporte político para integrar o tema em um desenvolvimento mais amplo e na agenda de governança. A comercialização de produtos lícitos, a posse de terra e o gerenciamento e uso sustentável da terra são cruciais para o sucesso a longo prazo das intervenções do Desenvolvimento Alternativo.
"Infelizmente, o Relatório Mundial sobre Drogas desse ano também demonstra que o suporte político amplamente difundido para o Desenvolvimento Alternativo não tem sido seguido pelo suporte financeiro", acrescenta o Sr. Fedotov enquanto pede para que a responsabilidade quanto às drogas ilícitas seja compartilhada. O financiamento proveniente dos países da OCDE para apoiar o Desenvolvimento Alternativo diminuiu em torno de 71% entre 2009 e 2013, totalizando apenas 0,1% da assistência para o desenvolvimento global. O Diretor Executivo do UNODC observou que na direção da Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU do próximo ano sobre o problema das drogas, a Agenda de Desenvolvimento pós-2015 da comunidade internacional pode ajudar a promover esforços de Desenvolvimento Alternativo, o qual amplia intervenções com relação a oferta e a demanda de drogas.
******************
Se você precisa de ajuda ou conhece alguém que precise acesse:
www.clinicauplife.com.br
#clinicauplife