Dando continuidade a série de textos que tratam sobre os tipos de drogas, hoje escrevo sobre uma das mais populares na classe média e alta. Muito associada a baladas e uso em grupo. Causa a sensação de poder. Na forma de cloridrato (pó) os traços da dependência tendem a ser, inicialmente, mais leves, no entanto são progressivos e não menos perigosos. Vale ressaltar que esta é uma droga com efeito euforizante, mas o metabolismo do cérebro cai muito com seu uso, pois diminui a quantidade de oxigênio em zonas importantes. O cérebro do usuário de cocaína é embotado, muito pobre em termos de estímulos.
A cocaína é um alcalóide (produto extraído das folhas de uma planta chamada Erythroxilon coca encontrada principalmente em países da América do Sul e Central). Também é conhecida como coca, pó dourado, neve ou "senhora".
A cocaína é um estimulante do Sistema Nervoso Central. Ela atinge rapidamente o cérebro, produz resposta intensa, o que a torna muito procurada como droga de abuso
FORMA DE USO
Varia de acordo com a forma de preparação da coca:
As folhas podem ser mascadas ou ingeridas como bebidas. Esta forma de uso é cultural e muito utilizada pelos povos do Peru, Colômbia, Equador, etc.
A pasta de coca é fumada com tabaco ou maconha sendo esta mistura conhecida como BASUCO. Além da cocaína, esta preparação contém solventes como ácido sulfúrico;
O pó de coca (cloridrato) pode ser cheirado ou injetado.
O crack, como já falamos anteriormente é fumado em “cachimbos” ou misturado no cigarro ou maconha.
TEMPO DE DURAÇÃO
Na forma de cloridrato (pó), demora cerca de 15 minutos para iniciar seus efeitos, que podem duarar até por algumas horas. Na forma injetada o efeito é imediato e assim como o crack tende a durar poucos minutos. No entanto é importante salientar que pessoa vai ficando tolerante aos efeitos da cocaína, fenômeno que acontece com todas as drogas. Na primeira vez, como o cérebro não está acostumado, o impacto de prazer é mais imediato e tende a durar mais. Com o passar do tempo, porém, há uma readaptação cerebral ao estímulo constante da droga. O cérebro vai se acostumando e são necessárias doses cada vez maiores para produzir o efeito que passa muito depressa. Na verdade, o cérebro procura sempre manter um certo equilíbrio e tenta readaptar-se após a exposição à droga o que, com a repetição do uso, torna o efeito mais rápido e passageiro, contribuindo assim para manutenção da dependência e o aparecimento dos danos causados pela cocaína.
EFEITOS
Em pequenas doses ocasiona euforia, excitação e agitação. Ocasiona alterações em todo o organismo como aumento da frequência dos batimentos cardíacos (taquicardia) e aumento da pressão arterial (hipertensão).
Em doses moderadas surgem sensação de competência (inteligência, capacidade de resolver problemas, autoconfiança) e habilidade. Com doses moderadas podem aparecer vômitos, diarreia, excitação, confusão das ideias até ansiedade extrema. Estes efeitos podem durar de poucas horas até alguns dias.
Em doses elevadas pode provocar alucinações. Após o término do efeito da dose a pessoa pode sentir-se deprimida (triste) e ficar tentada a usar outra dose para se animar. A utilização de doses elevadas podem ocasionar uma significativa hipertensão arterial, taquicardia, calafrios, transpiração excessiva, convulsões e morte (por efeitos sobre o coração e respiração) que caracterizam a intoxicação aguda, também conhecida como overdose.
Com o uso freqüente e contínuo (semanas ou meses) podem ocorrer alterações comportamentais como: agressividade, idéia de perseguição(paranóia), alucinações táteis (sensação de insetos caminhando sobre a pele), visuais e auditivas (ver e ouvir coisas) e delírios (desorientação, confusão, medo e ilusões). Também pode ocorrer emagrecimento e perfuração dos septo nasal quando inalada.
A administração injetável (parenteral) da cocaína pode trazer problemas em função do solvente utilizado (líquido par dissolver a droga) e das seringas não serem esterilizadas. Também pode acontecer da contaminação ocorrer pelo fato da mesma seringa ser utilizada por mais de uma pessoa. Transmissão de hepatite de endocardite infecciosa, AIDS e menos comumente pneumonia ou infecções localizadas são as doenças mais freqüentes. A falta de higiene no local da administração da droga pode ocasionar o aparecimento de feridas (ulcerações) e desencadear, mais tarde, uma infecção grave em outros locais do organismo.
O uso continuado de cocaína durante a gravidez pode ser responsável pelo nascimento de bebês pequenos (retardo de crescimento intra-uterino), malformações (microcefalia) e abortos espontâneos. Além disso, após o nascimento, o bebê pode apresentar comprometimento neurológico e ter manifestações comportamentais diferentes (ex.: chorar de forma inconsolável).
Fonte:
Este texto foi escrito utilizando transcrições do links mencionado abaixo. Para ver os texto na íntegra acesse:
http://psicoativas.ufcspa.edu.br/cocaina.html
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