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domingo, 26 de junho de 2011

RELAÇÃO DE LUGARES ONDE BUSCAR AJUDA

Hoje passei apenas para dar algumas dicas de onde a família e o dependente químico podem buscar informações e também ajuda. Espero que ajude!

·         Central de Atendimento Viva Voz
Fone: 0800-5100015

·         Centros de Atenção Psicossocial – CAPS
Disque saúde: 0800-611997

·         Obid – Observatório brasileiro de informações sobre drogas

·         Alcoólicos Anônimos
Central de atendimento 24hrs: (11) 3315-9333

·         Narcóticos Anônimos

·         Al-anon (Grupo para familiares e amigos de alcoolistas)

·         Nar-anon (Grupo para familiares e amigos de usuários de drogas)

·         Amor Exigente

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CRYSTAL METH - NOVA AMEAÇA??

Uma nova droga ganha força no Nordeste do Brasil, o Crystal Meth, Cristal da Morte ou Ice é 60 vezes mais forte que a cocaína e tem um poder devastador por natureza. Essa nova droga pode ser encontrada em várias capitais nordestinas, como Maceió (AL), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB) e Recife (PE) e está se espalhando pela região, ganhando um número cada vez maior de usuários.

Os efeitos imediatos do Cristal da Morte são a euforia e aumento do desejo sexual, mas depois pode causar inúmeros transtornos. A destruição física é visível e o entorpecente derivado da methamphetamine e da merla já é uma das maiores preocupações de autoridades internacionais e uma epidemia nos Estados Unidos, onde mata cerca de 300 mil pessoas por ano e tem em torno de 2 milhões de viciados, sendo que 15 milhões de norte-americanos já usaram o entorpecente.

A droga pode ser usada de várias formas: fumada como o crack, inalada como a cocaína, injetada e ingerida em cápsulas. O uso do Meth produz a liberação de altas doses de dopamina no cérebro. Pânico, alucinação, convulsões, falta de apetite, corrosão dos dentes e gengivas são alguns dos aspectos de destruição física e psicológica gerada pelo seu uso.

No Nordeste, o Ice pode estar sendo trazido diretamente dos Estados Unidos e o ponto de distribuição da droga nas bocas de fumo e cracolândias da região pode estar sendo feito a partir do Recife. Se levarmos em consideração o histórico do tráfico de drogas no Brasil, muito em breve o Cristal da Morte pode se tornar um desafio ainda maior que o crack e o óxi.

Raves – Em festas chamadas raves, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro o Metch já foi apreendido e isso deveria deixar as autoridades brasileiras em alerta, mas como estamos no país da impunidade e da desordem, ter projetos que combatam ou amenizem os problemas gerados pelo tráfico é uma questão de longo prazo.

Cristal na rede – A droga já tem comunidades no Orkut onde os membros exaltam a novidade, muitos procuram pontos de venda e como usar a nova droga. É possível até, saber o modo mais fácil de consumir o methamphetamine e a maneira que ele age com maior rapidez.

Créditos aos Jornalistas Kaio Diniz e Vanderson Freizer – Grupo UN

domingo, 12 de junho de 2011

MACONHA - A PORTA DE ENTRADA PARA OUTRAS DROGAS

Bom, hoje vou dar continuidade aos tipos de drogas mais utilizados. A maconha é a droga mais popular entre os adolescentes e normalmente é a primeira a ser experimentada. É barata e fácil de ser encontrada. E infelizmente, costuma ser a porta de entrada para outras drogas. Causa leva dependência e seu uso constante gera tolerância e leva a padrões de consumo cada vez maiores. Os sintomas da abstinência podem incluir irritabilidade, insônia, sudorese, náuseas e vômitos.

O QUE É MACONHA
É obtida a partir das flores e folhas secas da planta CANNABIS SATIVA, também conhecida como Cânhamo verdadeiro. Essas flores e folhas são prensadas e vendidas com uma espécie de fumo. Contém várias substâncias que tem efeitos psicoativos, sendo que a mais conhecida é o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). A maior concentração desta substância está nas flores fêmeas não germinadas.  Popularmente a maconha também é chamada de baseado, erva, marola, camarão, taba, fumo, beck, bagana, bagulho, cahimbo da paz, capim seco, erva maldita, etc. 

FORMA DE USO
A forma comum de utilização é enrolar o “fumo” em papel, fazendo uma forma de cigarro. Outra forma, é a utilização de cachimbos.  Nestas duas formas de utilização a maconha é fumada. Existe ainda a possibilidade de ingestão de maconha. Uma forma conhecida é o “bolonha”, que nada mais é do que um bolo feito com maconha.

TEMPO DE DURAÇÃO
O tempo do efeito depende do modo como a maconha é utilizada. Se for fumada, o THC vai rapidamente para o cérebro e o efeito dura aproximadamente 3 horas, sendo que o pico ocorre em 30 minutos. Se for ingerido, o efeito demora mais para iniciar (cerca de 1 hora), mas dura aproximadamente 12 horas.

EFEITOS
Os efeitos, logo após fumar o cigarro de maconha, podem ser diferentes dependendo da quantidade de THC, mas basicamente são:
- euforia, sonolência, sentimento de felicidade
- risos espontâneos, sem motivo algum
- perda de noção do tempo, espaço, etc
- perda de coordenação motora, equilibrio, fala, etc
- aceleramento do coração (taquicardia)
- perda temporária de inteligência
- fome, olhos vermelhos, e outras características
Quando a quantidade de THC for mais alta, podem-se somar os efeitos:
- alucinações, ilusões
- ansiedade, angústia, pânico
- impotência sexual
Os efeitos a longo prazo são muito mais danosos:
- maior chance de desenvolver câncer de pulmão
- bronquites
- sistema imunológico fragilizado
- tosse crônica
- arritimia cardíaca
- existe ainda a possibilidade de desenvolvimento de surtos psicóticos e em casos mais graves, quando há predisposição, o desenvolvimento da esquizofrenia
- o uso crônico pode levar a estados depressivos, ansiedade e síndrome apática amotivacional.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS

Estes dias tenho lido e ouvido falar bastante sobre o documentário “Quebrando o Tabu” onde a questão da descriminalização do uso de drogas é discutido. Tenho lido muitas críticas negativas, mas também positivas e um monte de palpites e “achismos”.

Tenho observado os blocos se formando. De um lado os usuários (popularmente chamados de “maconheiros”) lutando pelo direito da liberação do uso da maconha, do outro a repressão (seja de manifestação, passeata ou opinião), que certamente não contribui para a discussão do assunto, afinal somos uma sociedade livre onde o direto a expressão faz parte do estado democrático em que vivemos.

O fato é que o assunto é muito polêmico e abre caminhos para uma série de discussões. No entanto, uma discussão saudável só é possível se as partes tiverem conhecimento e maturidade suficiente para expor suas idéias.

Não quero aqui formar ou induzir uma opinião, pois creio que esta é individual e deve ser formada a partir das experiências e conhecimento de cada indivíduo. No entanto, como membro consciente de uma sociedade livre e interessada em promover uma discussão produtiva sobre o tema, gostaria de trazer pontos negativos e positivos sobre a descriminalização como forma de contribuir para este debate.

Pontos Negativos:

- O modelo de descriminalização proposto é baseada na experiência vividas em países como Holanda, Suécia, Estados Unidos e Portugal. Todos, países considerado de 1º mundo, onde o amadurecimento cultural e social é muito superior ao que observamos no Brasil;
- O modelo de descriminalização pressupõe a existência de uma ampla rede de atendimento a usuários e dependentes químicos que desejam deixar o vício. Infelizmente no Brasil esta rede ainda é confusa e na maioria das vezes os usuários e/ou familiares não sabem a quem recorrer. É necessário estrutura a rede de maneira clara para permitir que o tratamento adequado seja oferecido.
- Falta de estudos conclusivos sobre os efeitos da maconha no organismo. Por um lado profissionais de saúde dizendo que o consumo de maconha é seguro e por outro lado profissionais que trabalham com dependência química que observam um número cada vez maior de jovens que desenvolvem quadros psicóticos em decorrência do consumo da maconha.

Pontos Positivos:

- O que é ilícito é mais atraente para o jovem. A descriminalização e regulamentação poderá reduzir a busca “curiosa” pela maconha;
- A venda controlada poderá reduzir a quantidade consumida, a exemplo que acontece em países como Portugal;
- A venda em pontos regulamentados poderá afastar os jovens da criminalidade;
- A venda controlada da maconha em pontos regulamentados poderá evitar contato com outras drogas, como a cocaína, crack e oxi.


Na realidade a discussão sobre a descriminalização pressupõe, antes de mais nada, uma melhor estruturação do sistema público de saúde. Neste ponto, infelizmente, esbarramos em problemas estruturais e, sobretudo, burocráticos e culturais. O sistema público de saúde brasileiro simplesmente não funciona. Hoje, vemos um sistema falido onde serviços básicos de atenção a saúde não são oferecidos ou são oferecidos de maneira inadequada.

A grande questão a ser discutida, como ponto inicial, é se o Brasil terá capacidade para reestruturar todo o sistema público de saúde, afim de, oferecer atendimento, tanto para a redução de danos, como também para o tratamento adequado aos usuários e dependentes químicos.

Não trata-se apenas na mudança legal/criminal do assunto, mas sim da capacidade de tratar o problema como uma questão de saúde pública.

É sabido que hoje, não existem leitos suficientes para a demanda de dependentes químicos que necessitam de tratamento. Minha opinião é que antes de promover a discussão sobre a descriminalização, o poder público deve encontrar um modelo de atendimento efetivo que possa oferecer tratamento, reabilitação e reinserção social aos dependentes.

Outro ponto a ser levantado é a questão do enfrentamento ao tráfico. É bastante claro que o modelo atual não funciona. A repressão ao tráfico não é efetiva e se não houver investimento na formação, treinamento e melhor remuneração do efetivo policial, a descriminalização não conseguirá reduzir os atuais níveis de criminalidade relacionados às drogas. Isso implica também num maior investimento em educação, cultura e lazer, sobretudo, para a população de renda mais baixa, que necessita de oportunidades para ascensão social e cultural.

Finalizo perguntando: Estamos, enquanto nação, preparados para promover mudanças tão profundas em nossa sociedade? Temos condição social, cultural e, principalmente, financeira para esta mudança? Estão, nossos governantes, aptos a promover tal mudança?

O fato é que esta discussão deve ser conduzida com cautela e a participação da população é fundamental, tanto para propor soluções, como para discutir idéias.