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segunda-feira, 18 de março de 2013

CHORÃO - SUA FAMÍLIA E A CODEPENDÊNCIA

Só o desespero gerado pela perda inesperada de um ente querido explica a reação de familiares de Chorão de atribuir a culpa pela sua morte à ex-mulher, a estilista Graziela Gonçalves. Não há culpados nessa história, apenas vítimas da dependência química. Quantos Chorões e Grazielas não vivem hoje o mesmo drama?
Quantas mulheres que amam ou amaram um dependente químico já não enfrentaram a mesma acusação absurda? Como o grupo Narcóticos Anônimos bem coloca, não há nada a fazer se o dependente químico não se conscientizar de que está doente, de que não tem controle sobre a compulsão e de que precisa de ajuda para se livrar dela. O terceiro mandamento do NA é claro sobre isso: "Um adicto que não queira parar de usar não vai parar de usar. Pode ser analisado, aconselhado, pode se rezar por ele, pode ser ameaçado, surrado ou trancado, mas não irá parar até que queira parar".
Por outro lado, é importante enfatizar que ir além dos próprios limites para tentar "salvar" alguém não é nada saudável. Quem compartilha a vida com um dependente químico, alcoólatra ou vítima de outra compulsão pode acabar, sem perceber, desenvolvendo um transtorno emocional chamado de codependência. Segundo o psiquiatra Geraldo José Ballone, criador do site PsiqWeb, codependentes são familiares, normalmente pais, filhos ou cônjuges, que vivem obsessivamente em função da pessoa problemática."Tentam ajudá-la o tempo todo, esquecendo de cuida da própria vida."
Normalmente são pessoas que têm baixa autoestima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar da pessoa dependente. Quantas pessoas não conhecemos com esse perfil? Suportam todo tipo de comportamento compulsivo do outro, como se assumissem uma espécie de "carma", como se esse fosse o seu destino. Existe uma expressão na psicologia e na psiquiatria que representa bem a maneira como o codependente adere à pessoa problemática: atadura emocional. Acontece quando uma pessoa se"atrela "emocionalmente a coisas negativas ou patológicas de alguém que a rodeia. Por causa dessas amarras emocionais, o codependente passa a ser quase um outro dependente (da pessoa problemática). Ele quer ser o "salvador" da outra pessoa. Mas o problema do codependente é muito mais dele próprio do que da pessoa problemática.
Todo amor que não produz paz, mas sim angústia ou culpa, pode estar contaminado de codependência. É um amor patológico, obsessivo e bastante destrutivo. Atualmente, há grupos de ajuda para familiares de dependentes (químicos e alcoólicos) que se propõem a tratar a codependência, orientando os familiares a adotarem comportamentos mais saudáveis. Os profissionais acreditam que o primeiro passo para a mudança é tomar consciência e aceitar o problema.
O tratamento pode envolver psicoterapia, terapia familiar, uso de medicamentos e grupos de autoajuda, como o Alanom e Codependentes Anônimos (nos mesmos moldes dos Alcoólicos Anônimos). A polêmica em torno da morte de Chorão é um bom momento para a sociedade refletir sobre essa questão, que geralmente fica ofuscada pelo enorme peso da dependência química. Devemos pensar nisso antes de sair por aí atribuindo culpas a pessoas que, muitas vezes, estão tão frágeis e doentes quanto o próprio dependente químico.
Cláudia Collucci é repórter especial da Folha, especializada na área da saúde. Mestre em história da ciência pela PUC-SP e pós graduanda em gestão de saúde pela FGV-SP, foi bolsista da University of Michigan (2010) e da Georgetown University (2011), onde pesquisou sobre conflitos de interesse e o impacto das novas tecnologias em saúde. É autora dos livros "Quero ser mãe" e "Por que a gravidez não vem?" e coautora de "Experimentos e Experimentações". Escreve às quartas, no site.

Fonte: Folha de São Paulo - Equilíbrio e Saúde

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domingo, 17 de março de 2013

CRACK CHEGOU AO BRASIL NO INÍCIO DA DÉCADA DE 1990

 O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. Aos jovens atraídos pelo custo da droga juntaram-se u...suários de cocaína injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos, porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou epidemia na época.

No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo. De acordo com a Polícia Federal, o consumo do crack se alastrou no País por ser uma droga de custo mais baixo que o cloridrato de coca, a cocaína refinada (em pó). Para produzir o crack, os traficantes utilizam menos produtos químicos para fabricação, o que a torna mais barata.

O primeiro relato do uso do crack em São Paulo aconteceu em 1989. Dois anos depois, em 1991, houve a primeira apreensão da droga, em São Paulo. Em 2005, o consumo do crack atingia 0,1% da população brasileira, hoje, aponta o Ministério da Saúde, afeta 2% dos brasileiros.
Tudo cabe na lata, diz psicólogo

Na mitologia, a Medusa petrifica tudo que olha. Assim, são os usuários de crack: convertem em pedra tudo que possuem, como carro, casa, joias, terrenos e qualquer coisa que possam vender para manterem o vício. "Tudo acaba na lata", afirma o psicólogo, Tauama de Moraes. Ele é um dos membros da equipe multidisciplinar da Casa Despertar, entidade particular que cuida dos dependentes químicos em Fortaleza.

A comparação cabe direitinho na história de Luiz Carlos (nome fictício), 21 anos, filho de família de classe média. Até os 14 anos, era aluno destacado. Levado pelos "coleguinhas" a algumas festas, começou na maconha, passou pela cocaína e, agora, é dependente do crack. Abandonou escola, família e os verdadeiros amigos.

Com a morte dos pais, em acidente de carro, herdou uma boa casa, na Cidade dos Funcionários, e expulsou todos que ali moravam, duas tias e uma prima. Com a fissura pela droga, foi vendendo tudo, incluindo o encanamento, torneiras, portas, fios e vasos sanitários. Tudo se transformou em pedra. Hoje, depois de ser "resgatado" das ruas por parentes, foi internado na Casa Despertar e vive um ciclo: é internado, passa por desintoxicação, sai, volta ao vício.
 
 
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sexta-feira, 15 de março de 2013

USO ABUSIVO DE DROGAS ELEVA RISCO DE HOMICÍDIO

Transtorno psiquiátrico eleva risco de uma pessoa ser vítima de homicídio

Novo estudo mostrou que o distúrbio que mais eleva essa chance é aquele relacionado ao abuso de substâncias tóxicas

Um estudo publicado nesta terça-feira no site do periódico British Medical Journal (BMJ) sugere que pessoas que sofrem de algum transtorno psiquiátrico têm um risco maior de serem vítimas de homicídio. Segundo a pesquisa, feita por especialistas americanos e suecos, essa chance pode chegar a ser nove vezes maior dependendo do distúrbio apresentado pelo indivíduo — e o problema que parece ser mais perigoso nesse sentido é a dependência química.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Mental disorders and vulnerability to homicidal death: Swedish nationwide cohort study

Onde foi divulgada: site do periódico British Medical Journal (BMJ)

Quem fez: Casey Crump, Kristina Sundquist, Marilyn Winkleby e Jan Sundquist

Instituição: Universidade Stanford, EUA, e Universidade de Lund, Suécia

Dados de amostragem: 7.253 suecos adultos

Resultado: Em comparação com pessoas sem transtornos psiquiátricos, pessoas com algum desses problemas têm, no geral, um risco cinco vezes maior de ser vítimas de homicídio. Essa chance é nove vezes maior entre aquelas que têm problemas com abuso de substâncias tóxicas; 3,2 vezes maior entre quem tem algum transtorno de personalidade; 2,6 vezes maior entre quem tem depressão; 2,2 maior entre indivíduos com ansiedade; e 1,8 vez maior entre esquizofrênicos.
De acordo com os autores da pesquisa, embora a prática de violência por parte de indivíduos com transtornos mentais seja muito analisada, o risco de essas pessoas serem vítimas, e não autoras, de homicídios é algo “raramente estudado”. Para os pesquisadores, as conclusões desse novo trabalho podem ajudar a desenvolver estratégias mais eficazes para melhorar a segurança e a saúde de pacientes com algum distúrbio psiquiátrico.
Essa pesquisa foi desenvolvida na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, junto à Universidade de Lund, na Suécia. A equipe levou em consideração os casos de pacientes com transtornos psiquiátricos e os registros de homicídio entre 2001 e 2008 em toda a população de adultos suecos. Os distúrbios mentais foram agrupados nas seguintes categorias: transtorno de uso de drogas, esquizofrenia, transtornos de humor (incluindo bipolaridade e depressão), ansiedade e transtornos de personalidade.
O tamanho do risco — Ao todo, 7.253 indivíduos participaram da pesquisa. Desses, 615 morreram vítimas do homicídio, sendo que 141 deles, ou 22%, apresentavam algum transtorno psiquiátrico. Segundo o estudo, apresentar algum distúrbio aumenta, em média, em cinco vezes a chance de morte por homicídio em comparação com não ter o problema. O maior risco foi observado em pessoas com distúrbios relacionados ao abuso de substâncias tóxicas (um risco nove vezes maior). Também elevaram essas chances transtornos de personalidade (3,2 vezes), depressão (2,6 vezes), transtorno de ansiedade (2,2 vezes) e esquizofrenia (1,8 vez).
No estudo, os autores escrevem que existem possíveis explicações para essas conclusões, como o fato de haver uma alta prevalência de abuso de substâncias tóxicas entre pessoas com transtornos psiquiátricos, que é algo associado à violência. Indivíduos com esses problemas, independentemente do uso dessas substâncias, também tendem a ter mais contato com outras pessoas com distúrbios mentais e podem ser menos atentos a situações que representam perigo.
Em um editorial que acompanhou o estudo, Roger Webb e Jenny Shaw, pesquisadores do Instituto da Saúde Mental, do Cérebro e do Comportamento da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, acreditam que a pesquisa deve fazer com que os médicos passem a avaliar todos os tipos de risco que pacientes com doenças mentais possam apresentar. E, entre esses tipos, é preciso considerar a chance de o paciente ser vítima de homicídio, bem como de ser o autor de um. “Esses riscos andam juntos, e pessoas com distúrbios mentais, assim como suas famílias, devem receber informações sobre todos os perigos”, escrevem.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/transtorno-psiquiatrico-eleva-risco-de-uma-pessoa-ser-vitima-de-homicidio

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segunda-feira, 11 de março de 2013

EM 1 MÊS, 223 DEPENDENTES FORAM INTERNADOS EM SP

ARTUR RODRIGUES - Agência Estado

Em um mês, o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), que faz parte do Programa de Enfrentamento ao Crack do governo paulista, registrou a internação de 223 dependentes da droga. Dessas, 17 foram involuntárias, mas contaram com a participação das famílias. Os pacientes estão sendo tratados em hospitais estaduais e em uma rede privada conveniada.


O governador Geraldo Alckmin avaliou os primeiros 30 dias como positivos."Tivemos 8.171 telefonemas, com orientação de famílias de todo Estado de São Paulo e acolhimento de 1.509", disse. Segundo ele, o serviço deve ser ampliado. "Estamos contratando mais leitos porque a demanda é grande", afirmou.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,em-um-mes-223-dependentes-foram-internados-em-sp,998808,0.htm

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ESTAMOS DE CARA NOVA!!

Caros Leitores,
Estamos com novo layout, mais claro, mais positivo, para tornar sua visita em nosso Blog mais agradável.
O conteúdo e, principalmente, o objetivo deste espaço permance o mesmo: Espalhar informação e contribuir para que vidas sejam salvas.
ESPERO QUE GOSTEM E VOLTEM SEMPRE!!!!

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domingo, 10 de março de 2013

EX-MULHER DE CHORÃO CULPA AS DROGAS PELA MORTE DO CANTOR


Familiares e amigos chegam para o enterro de Chorão no Cemitério Vertical Memorial, em Santos (SP), nesta quinta-feira (07) | FOTO: FUTURA PRESSA estilista Graziela Gonçalves, ex-mulher de Chorão, o vocalista da banda Charlie Brown Jr. encontrado morto na madrugada desta quarta-feira, atribuiu ao uso de drogas a morte do cantor.
"É uma praga", disse ela, na saída do sepultamento do roqueiro, enterrado no fim da tarde desta quinta-feira em Santos. Em conversa com a imprensa, Graziela disse que se afastou do músico como maneira de pressioná-lo a deixar as drogas -- ela retomaria o casamento se ele se recuperasse. "Eu tentei de tudo, mas perdi a guerra", desabafou. Nesta quinta, Graziela publicou um texto emocionado no site oficial do Charlie Brown Jr., dizendo que sempre vai amar Chorão.

Chorão foi encontrado sem vida pelo motorista e um segurança na cozinha de seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo. No local, entre peças de roupa e um pó branco levado para análise toxicológica, a polícia encontrou medicamentos controlados e garrafas de cerveja. Para o delegado que investiga o caso, Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo, a morte do músico pode ter sido um acidente provocado pela mistura de álcool e remédios.

O corpo de Chorão foi enterrado no Memorial Metrópole Ecumênica, o cemitério vertical de Santos, cidade onde ele cresceu e vivia desde o fim da infância, em cerimônia fechada para familiares e amigos. Antes, o corpo do músico foi velado na Arena Santos, o maior ginásio esportivo da cidade, por onde passaram mais de 5 000 pessoas de todas as idades. O roqueiro era considerado um dos maiores divulgadores do município. Por onde passava para fazer shows, Chorão falava de Santos e do seu time do coração: o Santos Futebol Clube.

 FONTE: PrimeiraHora | VEJA NOTÍCIAS
 
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