E-mail:

. SE VOCÊ PRECISA DE AJUDA COM DROGAS OU TEM DÚVIDAS, ESCREVA PARA drogas_precisodeajuda@hotmail.com

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Os impactos do alcoolismo no meio familiar

A estrutura de uma família é baseada no bem-estar e na harmonia de todos aqueles que dela fazem parte. Quando um dos membros adoece, toda família se une para ajudá-lo na recuperação, porém, no caso de um dependente químico, essa cooperação é abalada, uma vez que, mesmo sem perceber, a família adoece junto, complicando muito mais o caso.


De fato, o consumo de álcool é algo totalmente normal em nossa sociedade: bebe-se para comemorar, para aliviar o estresse, para esquecer os problemas, entre outros motivos, mas, muitas vezes, a bebida acaba se tornando uma válvula de escape e é aí que nasce o problema.
Diferente de outras drogas, diante das quais os familiares tendem a se informar e buscar por ajuda logo aos primeiros indícios, com o alcoolismo, esse processo acaba sendo mais lento, devido à tolerância social do consumo de álcool. O que muitos desconhecem, no entanto, é que o álcool é tão ou mais perigoso que outras drogas nocivas e, junto com o cigarro, é uma das drogas que mais matam hoje.
Na maioria dos casos, o alcoolismo só é levado a sério quando os impactos da doença começam a afetar a convivência familiar e social do dependente. Os sinais mais comuns da gravidade do problema são:
  • perda do emprego;
  • desprezo pela aparência e cuidados pessoais;
  • exaustão emocional;
  • brigas constantes e/ou isoladamente, que abrem chances para vários outros problemas de saúde física, mental e social.
Quando a situação chega ao extremo desses limites, é comum que as relações se desgastem e o dependente perca seus amigos, o apoio dos familiares, ou pior, que eles adoeçam juntos, tornando-se codependentes, o que torna mais grave estágio da doença, pois, uma vez que a pessoa perde o apoio e afeto daqueles que ama, a chance de recuperação é muito menor.

A importância da família no tratamento do alcoolismo

Apoio especializado à família: o primeiro passo

A presença do alcoolismo representa uma questão tão desgastante em longo prazo que, muitas vezes, por mais que a família reconheça o problema e queira ajudar, ela não consegue se estruturar para tal. Uma alternativa para esse problema é buscar ajuda especializada, que orienta a todos sobre como abordar o dependente e ajudá-lo a compreender a necessidade do tratamento.
As clínicas de recuperação possuem uma equipe multidisciplinar, com médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, assistentes sociais e enfermeiros. Juntos, esses profissionais terão papel crucial no sucesso do tratamento.

O apoio da família durante o tratamento do alcoolismo

Durante o tratamento do alcoolismo, as metas principais são: a abstinência, a redução dos prejuízos psicossociais e o tratamento das comorbidades clínicas e psiquiátricas existentes em detrimento do uso prolongado do álcool.
Quanto maior o número de envolvidos no processo, maiores as chances de sucesso no tratamento. Embora os amigos sejam importantes, o apoio familiar é o principal.
Geralmente, os familiares são os que têm mais contato com o paciente durante o tratamento. Da mesma forma, normalmente são as pessoas que sempre estiveram presentes durante a vida do dependente. Por isso, é importante que a família busque:
  • estimular a realização de atividades que ajudem o dependente a investir sua energia em tarefas saudáveis, como exercícios físicos, aulas e cursos, aprender a tocar um instrumento musical etc.;
  • observar o comportamento do dependente, buscando orientá-lo (juntamente com a equipe multidisciplinar da clínica psiquiátrica) sobre condutas que possam ser prejudiciais ao tratamento do alcoolismo;
  • desestimular o contato com pessoas e situações que possam influenciar negativamente o processo como um todo;
  • auxiliar a aderência, permanência e superação de obstáculos durante o tratamento;
  • acompanhar o dependente nas reuniões quando ele se sentir desestimulado;
  • estimular maior contato com amigos, que são pessoas que dão “um brilho a mais” na vida do dependente;
  • demonstrar respeito e compreensão, sem julgar a pessoa;
  • proporcionar conforto físico e emocional em casa;
  • incentivar a busca por ajuda profissional e mostrar que isso é importante para a família;
  • reconhecer a codependência e procurar ajuda para resolvê-la;
  • fazer mudanças no ambiente familiar, se for necessário;
  • estar sempre presente, mesmo que não seja fisicamente;
  • se manter informado sobre causas, efeitos e complicações que a doença pode apresentar, assim como sobre as etapas e efeitos do tratamento;
Por fim, muitos pensamentos desviantes surgem durante o tratamento. O dependente sente-se desmotivado, fracassado e pode se excluir do contato social. Nesse caso, a família deve permanecer o mais engajada possível para ajudar, de forma que o dependente se sinta amado e tendo menos dificuldades ao longo do processo.


FONTE: http://blog.viversemdroga.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário